segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Welcome to Edinburgh's Christmas 2017!

Repete comigo: E-din-brah! Enrola a língua pra pronunciar "brah". Pronto, é assim que se diz Edinburgh. Isso mesmo, não chegue na capital dizendo Edimburguer porque não é de comer. Mas aqui não é aula de inglês, e hoje é dia de falar do mercado de natal de Edimburgo. Porque todos sabemos que já natal na Leader Magazine e que todo brasileiro sempre lembra desse bordão, não tem jeito.

Desde que voltei de Edimburgo estou pensando em como começar a escrever sobre a cidade. Foram 3 dias intensos, com muitas experiências novas e diferentes, difíceis de encaixar num raciocínio lógico. A cidade é assim, intensa! Cheia! Não cheia de pessoas, mas de história, de detalhes, de aconchego. É linda!

Daí que a data escolhida para visitar a rainha foi de 18 a 21 de novembro e sempre que me referia a isso falavam logo "Se prepara pro frio e pra chuva!" Claro que eu não esperava passear de camiseta por lá, mas eu sabia que ia pegar sol, porque sou bem sortuda nessa parte, geralmente pego sol nas viagens mesmo em lugares improváveis (oi, Londres). E guess what? A primeira manhã estava radiante, com céu limpo e um sol de fim de tarde desde às 10h da manhã. Nos outros dias esteve bem nublado e chovendo de quando em quando, mas nada grave. Mas vou guardar essa parte do clima pro post sobre as curiosidades. Vamos agora falar sobre o encantador Mercado de Natal. Soubemos que tinha aberto no dia que chegamos, dia 18. Obrigada, rainha, você foi um amor. ;D


Estou falando do Christmas Market do Princes Street Gardens. E quando eu digo encantador é por causa disso:





Olha aí o céu azulzinho no crepúsculo... To dizendo, cola em mim que vc brilha.


O mercado de natal tem brinquedos, lojinhas com infinitos objetos decorativos natalícios e outros típicos da Escócia, comida, comida, doces, mais comida... Tem muitas barraquinhas temáticas de países diferentes, como chocolate belga, salsicha alemã, queijo francês etc.

 Não sei vocês, mas quando éramos crianças lá em casa tinha uma regra pra frequentar o parque: tem que começar pelo carrossel. Era sempre o primeiro brinquedo, não podia querer outro sem passar pelo carrossel. Meu pai ensinou tradição. E foi assim até que dissemos "pai, o carrossel não é mais tão divertido". Ele ficou triste, mas teve que aceitar a mudança, parar de obrigar as filhas a ir nos mesmos brinquedos sempre e começar a ter minienfartos com a gente nas montanhas-russas, barcos piratas e labambas da vida. #truestory


Soldadinhos de chumbo por todo lado! Até fiz amizade...


Ficou claro que é um lugar pra se divertir e comer, certo? E já que tocamos nesse assunto, repara só:

É um vídeo, mas consegui postar aqui de jeito nenhum. Se quiser babar mais um pouco tá lá no instagram: @biadorio

Gente do céu!! Até me arrepia só de lembrar... Eu e a Soraia, minha parceira dessa viagem, estávamos percorrendo todas as lojinhas pra escolher alguma coisa pra comer e víamos muitas coisas boas, mas do tipo "hum... parece uma delícia, mas vamos olhar mais". Até que nos deparamos com essa barraquinha de queijos. Foi quando comecei a ouvir os anjos no céu cantando. Ninguém hesitou, nosso jantar tinha sido escolhido: pão com fondue de queijo. Mas qual? tínhamos 3 opções: queijo natural, com alho e com mostarda. A votação ficou pelo queijo com alho, e no dia seguinte voltaríamos pra provar outro.

 Quando viaja não pode comer sem tirar foto. #regrassãoregras
Repete comigo: #vaigordinha #agoraagordinhatemumaamiga

Um close só pra te fazer passar vontade, porque não vou sofrer sozinha. Esse é o queijo com mostarda. Obviamente nós voltamos pra cumprir a promessa.

Sabe comfort food? Esse pão com fondue é a materialização desse conceito. Se esse waffle com sorvete foi a melhor coisa que comi na vida na categoria doces, a categoria salgados está agora oficialmente preenchida também. A gente esqueceu do frio, do cansaço, de tudo! Um simples pão com fondue de queijo tem poderes curativos e terapêuticos, acreditem. Não tem como ficar triste comendo isso.

O endereço temporário da felicidade :)

Eles vendiam vários tipos de queijos, mas nenhum pequeno o bastante para viajar na cabine da Ryanair.

Mas nem só de comida vive o Christma's Edinburgh, tem vários eventos acontecendo que dá pra conferir nesse site. A cidade se transforma no natal, a Mariah Carey sempre nos lembra que não precisa de presentes caros, mas de você, as luzes estão por todo lado, até porque às 16h30 já é noite mesmo, tem um clima natalino de festa muito convidativo. 

Nesse mercado do Princes Street Gardens tem até um labirinto de paredes de folhas iluminado, pra se perder sem medo. Tem diversão pras crianças e pros adultos, inclusive pra quem quer congelar e perder uma orelha. Um balanço lindo, desses que gira bem lá no alto e deve ter uma vista linda da cidade, mas que não nos convenceu a pagar 7,50£ pra passar frio lá cima. Nem isso, nem a roda gigante. 

A roda gigante não precisa de legenda e o tal balanço fica nessa torre de luz à direita, que nessa hora tava subindo com as pessoas até chegar lá no topo e ficar girando, girando, soprando aquela brisa agradável da noite no norte da Europa.

Nossa braveza não foi suficiente pra enfrentar o ventinho congelante nas alturas. Preferimos aproveitar aqui de baixo mesmo, em todo cantinho tinha algo especial, como meu amigo soldado que já apresentei.


No fim do dia já tinha virado meu parça.

E aí que no dia de ir embora escolhemos almoçar onde? Pois é, a ideia inicial era comer outra vez o fondue, mas achamos melhor variar e experimentar algo tipicamente escocês. Quando pedi dicas de comida em Edimburgo me disseram que não podia deixar de comer veado, uma carne de caça muito comum. Jantamos um cozido de veado muito bom numa das noites, mas aí vi um hamburguer de veado. Opa! De hamburguer gostamos sempre, então vai ser bom. Soraia preferiu um cachorro quente com salsicha alemã e fomos ser felizes. Ambos são servidos bem simples, só pão, carne/salsicha e cebola. Pode acrescentar pickles, chucrute e molhos, que ficam numa mesa fora. Nesse caso, estavam na chuva, com o pote de pickles aberto, o que inclusive acho que deu um toque especial ao sabor.

Queria dizer que eu não era a única feliz com comida. Porque a Soraia também defende o movimento #vaigordinha com orgulho. Aí está nossa seleção de acompanhamentos devidamente temperados pela chuva. 


O natal em Edimburgo é encantador durante o dia também, não espere anoitecer pra visitar o mercado. Se bem que nessa época do ano é meio noite o dia inteiro, como falei antes. Quando está nublado tá sempre com cara de anoitecendo. 




Muito louco isso dos dias e noites serem tão diferentes pelo mundo, né? Quando crescemos no Rio de Janeiro acostumamos com quantidades mais ou menos iguais de horas de sol o ano inteiro, por isso todo lugar novo é uma surpresa até pela quantidade de luz do dia. Ah, como somos pequenos e quanto temos pra aprender pelo mundo! 

domingo, 5 de novembro de 2017

Vamos esbanjar por um dia? Vamos!

Todos merecemos um pouco de luxo e ostentação, né non?

Pois a minha empresa oferece isso. :)

Além de fazer o que mais amo na vida (passear e mostrar pra todo mundo como Portugal é maravilhoso) trabalho com pessoas que sabem reconhecer e recompensar esforços. Na Bago D'Uva 360º tivemos um verão com mais trabalho do que sequer sonhávamos e passamos dois meses com um problema ótimo: clientes demais! Nos desdobramos em mil pra atender a todos e foi um sucesso, graças a Deus que deu forças e a equipe que não deixou a peteca cair (gente do céu, ainda se usa essa expressão? Não consegui pensar em nada com menos poeira dos saudosos 80's e 90's).

Acontece que, depois de passar o furacão fomos agraciados com um fim de semana pra relaxar. Foi numa quarta e quinta, mas quem disse que no Turismo a gente segue o mesmo calendário do resto da humanidade? Pra gente fim de semana é quando dá, a gente escolhe nosso sábado e domingo. #thisispower E o que seria melhor que passar dois lindos dias num hotel/spa no meio do mato? Resposta: passar 3 dias. #ficadica

Brincadeiras a parte, vamos falar do Monverde Hotel. Projeto da Quinta da Lixa, encravado no meio das vinhas, esse hotel é o melhor exemplo que vi até hoje de estilo "respeitando o ambiente ao redor". As cores, as formas, a arte, tudo está em perfeita harmonia com o local onde se encontra. Tudo. Até o aviso nos banheiros de ser consciente no uso da água, porque é um recurso precioso. Todos os detalhes foram pensados respeitando a natureza.


As vinhas do Monverde Hotel

As instalações são assim: tem um complexo principal, onde fica a recepção, restaurante e spa. Os alojamentos ficam em outro complexo, atravessando as vinhas ou, como eu apelidei, o corredor dos iogurtes do supermercado. Porque esse trecho é sempre mais frio que o resto do lugar inteiro, então de dia tá ok, mas quando o sol baixa é como se estivéssemos atravessando aquele corredor frio do mercado das prateleiras de iogurtes, manteigas e queijos, sabe?

Ah, a distância entre os complexos não é longa, mas o hotel oferece o serviço de carrinhos elétricos (tipo de golfe) pra te levar também, caso não queira ir andando. É só ligar pra recepção e em 1min o carrinho chega onde você pediu.


Complexo principal quase camuflado na paisagem

Luxo e ostentação

Sabe aquelas imagens de hotéis luxuosos com piscina interna, sauna, massagem etc, que a gente vê sempre nas revistas de viagem e pensa: um dia vou pra um lugar assim? Pois é, eu estava lá! Era exatamente essa a sensação, de estar num desses lugares que parecem inalcançáveis. Acreditem, não tem nada inalcançável. Aprendi isso pela primeira vez quando estava num barco na Croácia indo pra um parque desses de revista e minha amiga Bruna falou: mano, vc tem noção de onde a gente tá? Sim, agora eu tenho. #reflexãododia

E já que estou aqui, bora aproveitar, né? Perguntei logo se tinha uma trilha pra fazer por perto, porque eu tinha ido preparada com minhas novas botas a prova de medos de escorregar. Pra quem não sabe, eu contei aqui o perrengue que passei pra subir a Pedra da Gávea. Depois disso tratei de comprar logo a melhor bota de trilha que encontrei e sempre que vislumbro uma oportunidade levo comigo.

Trilha mesmo não tinha, mas dava pra explorar um pouco pela mata ao redor, então vambora! Fui subindo pelo pinhal um monte pequeno em frente ao hotel e me deparei com uma vista linda da propriedade. Foi o momento de parar pra conversar com Deus, agradecer por tudo e pedir sabedoria pra continuar a caminhada na direção certa. 

Meu caderninho de oração, companheiro de viagens agora.


Voltei para o hotel bem a tempo de aproveitar o solzinho do fim de tarde e a piscina interna aquecida, porque dar uma mergulho naquela piscina externa gelada ia contra todo o propósito de relaxar e curtir.

A piscina aquecida tem vários pontos de hidromassagem, e é parte do spa, que tem sauna a vapor e seca, além de um mini ginásio. Usei quase tudo (adivinha a parte que pulei... rs)! Eles oferecem roupão, chinelos e toalha, pra te deixar se sentindo ainda mais rycah! Óbvio que não tenho fotos desse momento, porque né? A ordem era relaxar. A noite jantamos no restaurante do hotel, comida muito boa e bem servida. Pedi uma carne e veio um boi inteiro! Nem acho que eu tava com tanta cara de fome assim... kkkk

No quarto tinha oferta de chás e café, os mimos de sempre no banheiro, tv com vários canais e uma cama daquelas que te abraça forte e diz que te ama pra sempre. Que sono restaurador!  

O spa também tem vários tratamentos corporais, como massagem e vinoterapias. Tratei de marcar logo uma massagem, porque a pessoa aqui não perde oportunidades na vida. Só tinha pro dia seguinte de manhã. Escolhi uma que chama que esqueci o nome, mas era a que tinha mais pressão, segundo a atendente. Exatamente o que eu queria. Gente do céu, que massagem maravilhosa!!! Não peguei o nome da menina que fez, mas tenho certeza que todas são excelentes profissionais. Eu sou bastante crítica com massagem por ter feito um curso de Massoterapia anos atrás, então me acho super conhecedora das técnicas e tal... Brincadeira, mas sei reconhecer quando é um profissional ou só alguém apertando.

Mas... nada estaria completo sem o café da manhã do hotel. Eu amo café da manhã de hotel! Pra mim é praticamente rodízio. Comi até a menina vir tirar o meu prato porque deve ter pensado "agora ela acabou, não é possível". Eu pegaria outro pra continuar, mas não queria ultrapassar os limites, pois iria dali pra hidromassagem e sauna, depois massagem, então melhor maneirar pra não morrer de congestão. #vaigordinhaconsciente 

Round 1, Round 2, Round 3. Se não tive "compromisso" com o spa eu teria investido mais, mas valeu. #emocionada


Recomendo demais uns diazinhos no Monverde, viu? Atendimento de qualidade, cuidado nos detalhes, ambiente acolhedor.

Terminei minha massagem de 50min na sala de meditação com um chá e uma boa música de fundo. Tá bom pra você?

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Três dias em Lisboa - Parte II: Sintra

Demorei, né? Considerem as desculpas anteriores e vamos seguir em frente. Esse roteiro de Lisboa fui dividido para não ficar um post longo demais, mas não tinha a intenção de levar meses entre uma postagem e outra. Coisas da vida. Let's move on.

2º dia: Sintra
Hoje é dia de sair um pouquinho do centro e conhecer uma das cidades mais românticas de Portugal. Daria pra fazer Três dias em Sintra numa boa, e pretendo, mas antes preciso conhecer as outras partes interessantes que ainda não fui. Por enquanto, um dia em Sintra é suficiente pra te encantar.

Em 1995 Sintra é o primeiro lugar da Europa a ser classificado como Paisagem Cultural - Património Mundial da Humanidade pela UNESCO (serra e vila histórica).


 Centro histórico de Sintra visto a partir do Castelo dos Mouros, com o Palácio Nacional de Sintra ao centro.

Ir de Lisboa à Sintra à casa da tia Jacinta sem carro é muito fácil, numa viagem de comboio que leva cerca de 50min (a partir da estação Oriente). Chegando lá pode-se pegar um autocarro direto que leva até o Castelo dos Mouros e Palácio da Pena. Eu aconselho começar pelo Castelo dos Mouros, que é mais longe e depois pegar o autocarro de volta ao Palácio da Pena, então seguir até o centro histórico da cidade.


Avistando o Castelo dos Mouros

Primeira coisa importante a saber sobre o Castelo: venta! E venta com força, o tempo todo! Faça um percurso pelas muralhas, conhecendo as diferentes bandeiras que Portugal já teve, aproveitando as vistas de tirar o fôlego e curtindo todo o verde em volta. 


Castelo dos Mouros

  Bandeiras perdendo a costura com a ventania

Detalhe das muralhas do castelo no canto direito, dá pra percorrer isso tudo.

É uma fortificação militar do séc. X, construída pelos muçulmanos quando conquistaram a Península Ibérica e ampliada pelos cristãos, na reconquista no séc. XII. Centenas de anos de história, com achados arqueológicos, vestígios religiosos e do cotidiano das gerações que por ali passaram, portas de fuga, torres estratégicas, tudo para alimentar sua imaginação sobre o poderio bélico de outrora.


 Caminhando pelas muralhas

 Pense numa posição estratégica. Não se perde nada lá de cima.

Porta da traição, comum em muitas fortificações, uma saída estratégica em caso de invasão, mas também uma perigosa brecha para entrada de inimigos.

Depois de aprender mais sobre guerras, disputas e conquistas territoriais em todo o percurso do Castelo dos Mouros, merecemos um descanso para a mente. Por isso, sigam-me até a próxima parada.

O Palácio da Pena não tem nada a ver com o Castelo. É luxo, cor, ostentação, romantismo.


Esse passeio está incluído em 99% dos roteiros românticos de Portugal. Bem, talvez agora nem tanto, viu? Já começamos a explorar outros destinos muito legais para casais no país, na própria Sintra mesmo, mais privados e aconchegantes também. O palácio é uma visita boa para todos, não o vejo como "destino de lua-de-mel". Tá no combo das atividades que o casal pode fazer em Sintra, ok, mas é uma visita democrática. Não se acanhe se você não for casal. :D



Em 1503 começou a ser erguido um mosteiro onde atualmente temos o palácio. O Real Mosteiro de Nossa Senhora da Pena foi construído pelo rei D. Manuel I e entregue à Ordem de São Jerónimo, permanecendo até a extinção das ordens religiosas em Portugal em 1834. Assim como muitos outros mosteiros, foi então abandonado até que 4 anos depois D. Fernando II o adquiriu em casta pública e deu início a construção do palácio que conhecemos. Foi residência da família real até 1910, quando foi implantada a República.


 Castelo dos Mouros visto do Palácio da Pena
Não é permitido fotografar dentro do palácio, o que muitas vezes é vantajoso, porque, como já falei antes, a gente esquece a preocupação de tirar foto de tudo e aproveita pra apreciar a visita.

É interessante ver como as famílias reais viviam, né? Tinha quarto pra tudo: pra tomar banho, pra ler, pra fumar, pra conversar, pra dormir, pra pentear o cabelo, pra pensar na vida, pra brigar, pra fazer as pazes, quarto pra passar de um quarto pra outro... Ok, alguns temas acima são dem inha autoria, mas não duvido que haja em algum lugar pelo mundo. Já foi em todos os palácios do mundo? Nem eu, então por enquanto não to mentindo. kkkk

É todo colorido, gente. Tão lindinho.

Além do palácio em si, é possível visitar o parque com mais de 500 espécies de plantas, praticamente um jardim botânico da Pena. Nesse eu não fui, não tínhamos muito tempo, mas certeza que está na minha lista para voltar. Seguindo.

Palácio Nacional de Sintra! Aquele que vimos na foto ali atrás, bem no centro histórico da cidade, sabe? Que tem duas chaminés gigantes. Esse é bem diferente do Palácio da Pena, beeeem mais antigo também. Sua construção original remonta ao séc. XI, antes de Portugal se constituir como país. Ao longo dos anos vários reis investiram em reformas e ampliações, claro. Por dentro vemos novamente aposentos reais que nos fazem imaginar um pouco como seria a vida naquela época. Nesse palácio o que mais impressiona é a cozinha. Isso mesmo, a parte menos nobre, que os reis nem deviam visitar muito, mas que é de uma grandiosidade absurda. As tais chaminés integram um espaço enoooorme, onde você imagina um batalhão cozinhando pra cento e duzentas mil pessoas por dia. ahahha


 Da primeira vez que fui tirei umas fotos péssimas. Nossa, não sei como eu conseguia desfocar tanto.

 É bem menos luxuoso que o outro, mas igualmente lindo.






Olha essa cozinha! Dá ou não dá pra preparar um almoço pra vila inteira?

Informações práticas: Horários, preços, como chegar, sobre os monumentos... tudo isso é muito fácil de encontrar aqui. Um dos sites mais explicativos e simples que conheço nessa área.

Se você é como eu provavelmente não vai ter muito mais tempo depois disso, porque ficou horas admirando a paisagem e os espaços que visitou. Mas Sintra ainda tem muito mais pra ver! Eu ia sugerir o Museu do Brinquedo, considerado um dos mais importantes dessa categoria em Portugal, que foi uma grata surpresa, mas descobri que fechou. #arrasada

Enfim, ainda precisamos visitar a Quinta da Regaleira, Quintinha de Monserrate, Convento dos Capuchos... fazer umas trilhas por lá. Ouvi dizer que a caminhada até o Castelo dos Mouros é maravilhosa. Bora?


segunda-feira, 27 de março de 2017

Três dias em Lisboa - Parte I: Belém e centro histórico

Quero esclarecer uma coisa: esse post vai ser o primeiro roteiro de três dias dividido em três partes, porque achei que estava ficando longo demais e porque ainda não fiz o terceiro dia e quero publicar logo. #sousincera kkkkkk

Dito isto, vamos ao que interessa.

Pois é, não sei porque demorei tanto pra fazer esse roteirinho... é uma cidade que gosto mais a cada vez que visito. Das primeiras vezes, pra mim, Lisboa se resumia a Belém. Tanto que foi a única coisa que falei dela até agora.

Mas muita coisa mudou desde então e já voltei muitas vezes pra descobrir lugares lindos por lá. Agora sim, com muita honra eu apresento a vocês a capital de Portugal! Sempre naquele ritmo slow travel que a gente ama.


Castelo de São Jorge

1º dia: Belém, Praça do Comércio, Chiado e Rossio

Vamos começar mostrando pro mundo que sou preguiçosa e portanto esse primeiro dia vcs encontram aquiObrigada. De nada.

Brincadeira, aí no link tem a parte dos monumentos em Belém, que sugiro serem visitados nessa ordem: Torre de BelémPadrão dos DescobrimentosMosteiro dos Jerónimos e Pastéis de Belém, por motivos de: aproveitar a caminhada num sentido só. 

Depois de comer uns pasteizinhos, uns 6 ou 7 pelo menos (#vaigordinha), pegue um Eléctrico até a Praça do Comércio (linha 15E), que passa praticamente em frente à pastelaria, do outro lado da rua.

Eu disse uns 6 ou 7...

Mas é Praça do Comércio ou Terreiro do Paço? No início do séc. XVI, no auge das conquistas marítimas, o rei D.Manoel mandou construir um luxuoso palácio nessa região, de frente para o rio Tejo, chamado Paço da Ribeira. Infelizmente tudo foi destruído no terremoto de 1755, que arrasou com toda a cidade. Nessa altura o Marquês de Pombal resolveu reconstruir a capital, com ajuda de doações dos comerciantes, a quem homenageou chamando o novo espaço de Praça do Comércio. Também ficou conhecido desde então como Terreiro do Paço, relembrando o palácio que havia anteriormente.


 Praça do Comércio de fundo e eu, coroada com o Arco da Rua Augusta. ;D

E do outro lado, com o rio Tejo ao fundo.

É uma das maiores praças da Europa, onde atualmente se encontram quase todos os ministérios do governo português. Na sua entrada principal há um Arco do Triunfo, também conhecido como Arco da Rua Augusta, que dá início à rua de mesmo nome, com lojas e restaurantes para todos os gostos. Foi palco de grandes movimentos políticos, e chegou a ser usada como parque de estacionamento nos anos 1990. Hoje é o ponto principal de eventos, shows e turismo da cidade. 



Pronta pra receber o natal, com uma super árvore!

Vale a pena passear com calma por ali, se perdendo nas ruas do centro histórico de Lisboa, subir o Elevador de Santa Justa só para tomar um café e apreciar a paisagem ou seguir caminho para o Rossio, curtindo uma dinâmica de cidade cosmopolita bem diferente e única em Portugal.

Enfim, estando por aí, aproveite o restante do dia caminhando e descobrindo pequenas delícias de Lisboa. Ainda no centro histórico pode aproveitar para visitar o Castelo de São Jorge e ter uma das vistas mais privilegiadas da capital, mas, particularmente, eu não iria lá nesse dia. O Castelo precisa ser visitado com calma, e depois de uma passeio cansativo como esse pode não ser tão convidativo. Mas teremos tempo para ele mais tarde. Aguarde e confie. ;)