sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Fazendo Nada: Novidade no blog

Eu to me sentindo tão importante que resolvi abrir uma nova coluna aqui no blog. Já temos "Três dias em..." com roteiros compactos pra aproveitar viagens curtinhas. Temos o "Guia do viajante solitário", com aquelas dicas pra pessoas que, como eu, amam a própria companhia e sabem se divertir sozinhas. Temos a "Leitura de Bordo", com sugestões de livros para aqueles momentos de ócio das viagens...

...E hoje eu pensei em dar uma outra ideia para os momentos de ócio, mas não seria Leitura de Bordo porque não é pra ler. Então percebi que o tempo vago não necessariamente precisa ser preenchido com livros, inclusive tenho lido muito pouco ultimamente. Tem tanta coisa legal pra matar o tempo. Daí que surgiu a ideia de Fazendo Nada, onde vou falar um pouco das minhas estratégias para não morrer de tédio. 

O que isso tem a ver com viagem? 

Tudo! O que mais o viajante toma é chá de cadeira. Seja esperando vôo, seja na estrada, na fila do museu, sentado num café enquanto a chuva não passa... Tem muitos momentos ociosos que podem se tornar bastante interessantes, quer ver? Me acompanha.

Hoje vamos falar de séries. Sim, meus amores, Netflix é vida. Uma boa série é diversão pra semanas! A dica de hoje é Downton Abbey. Como me surpreendeu! Comecei a ver sem muitas expectativas e não vou parar até terminar todas as temporadas, estou na terceira. 

Foto: Reprodução

Não vou dar spoiler, pode continuar lendo. A série começa no dia 15 de abril de 1912 com o naufrágio do Titanic. A notícia causa um rebuliço entre os Crawley, família aristocrata que vive na fictícia Downton Abbey. Essa série tem uma carasterística fantástica que é misturar ficção e realidade. E fazem muito bem! Os Crawley passam pela Primeira Guerra Mundial, pela onda de movimentos separatistas da Irlanda, manifestações pelo direito de voto da mulher (aliás, várias questões feministas são retratadas), invenção do telefone, energia elétrica, torradeira... Eu to aguardando a crise de 1929, com certeza não passará despercebida.

Muitas questões sociais são abordadas, mostrando um momento em que a hierarquia social britânica está mudando radicalmente. Olha, é uma aula de história, viu? Super recomendo. Uma produção linda, com uma fotografia de babar, personagens muito interessantes e aquele sotaque cativante que faz a gente repetir as palavras sozinho, pra tentar falar igual. kkkkk

Melhor personagem!

Assiste e depois me diz se a Condessa de Grantham não tem as melhores tiradas de sempre. Não vai se arrepender. ;)

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Comendo bem na Espanha: pintxos!

Lááá no início do blog eu postei um roteiro de Barcelona e já comecei a fazer promessas de voltar a falar sobre tal assunto, no caso, comida. Pois bem, eu sou como a justiça, tardo, mas não falho. E por isso hoje o tema é (de novo): comida boa! 

Gente, não tem como começar de outra forma ou ser mais direta que isso. Vou falar uma coisa muito importante pra vocês sobre comer bem não só em Barcelona, mas na Espanha toda: pintxos! Gravem essa palavra. É aí que vamos focar hoje, nos pintxos, ou em outras palavras, as tapas do País Basco. 

E qual é a diferença entre pintxos e tapas?

Basicamente a apresentação e a forma como são servidos. Tapas são pequenas porções que você pede em um bar ou restaurante, aperitivos. O conceito de tapas é "tapear a fome", sabe? O nosso delicioso beliscar! Mas muitas vezes conta como refeição mesmo, sem deixar a desejar em nada aos pratos principais.

Pintxos cumprem essa função, mas tem uma particularidade: são pequenas porções servidas em pão, como canapés um pouco maiores. Simples assim, só que não é tão simples. Eu e minha irmã sempre passamos vergonha pra explicar pintxos (né, Talinha?). "É pão com recheio em cima" e os olhinhos brilhando só de lembrar. Falando a grosso modo é isso mesmo, pão com recheio em cima, espetado com um palitinho, mas é tão gostoso que parece uma ofensa descrever assim. Como já disse, são as tapas típicas do País Basco, mas facilmente encontradas em várias cidades espanholas.


Tem de peixe, de legumes, de carne, doces e salgados. Infinitas combinações.

Como funciona um bar de pintxos?

É muito fácil identificar um bar/restaurante que tenha pintxos, em geral dá pra ver da rua. Se você passar por um lugar com bandejas cheias de, digamos, grandes canapés espetados com palitos, ENTRE, pegue um prato e comece a se servir. É assim que funciona, cada um pega seu prato, se serve de quantos pintxos quiser, guarda os palitos no cantinho do prato e no final paga pela quantidade de palitos. Muito honesto? Sim, demais até. Alguns bares são diferentes, o garçom te serve e tal, mas os que conheci eram nesse esquema e acredito que esse voto de confiança no cliente funcione bem, senão já tinham mudado. O preço médio é de 2€ por pintxo, podendo ser até 1€ em alguns lugares, por isso dá pra comer bem e gastar uns 15€ (com a bebida, que é paga a parte), preço médio de uma refeição.

Recomendo o Euskal Etxea, que tem um ambiente aconchegante e pintxos maravilhosos.

E pra escolher? Você pode imaginar a quantidade de recheios que é possivel inventar pra colocar num pãozinho, não é? Tem tanta variedade que exige uma certa técnica. Ouça minha dica, antes de começar a encher o prato dá uma circulada pelo bar todo e vê as opções. Pode pegar quantos quiser, quantas vezes quiser, mas nem sempre a fome do estômago corresponde à fome dos olhos, se é que me entendem.

Qual é o melhor pintxo de todos?

O de cream cheese com geléia de frutos vermelhos. O MELHOR! Como falei, a variedade é enorme! Desde jamón puro até combinações elaboradas, com pickles e patê de fígado. Isso é bom porque a qualquer momento pode surgir uma bandeja com pintxos novos. E ruim, porque nem sempre tem o de cream cheese com geléia de frutos vermelhos, por exemplo. 


Os melhores: com clara de ovo (na minha mão) e o de geléia, difícil de achar.

Todos os que tem claras de ovos raladas também são ótimos. Nunca imaginei que clara de ovo ralada teria um efeito tão bom, preciso tentar em casa (ou não, pra não me decepcionar e perder o encanto). Sério, não sei se é a textura diferente, o visual que dá, mas parece bem mais gostoso que ovo cozido normal. Vem com um recheio e essa clara ralada por cima. Delícia.

Por hoje é só, não tenho mais nada a dizer. Se for à Espanha, coma pintxos. 

É só isso mesmo.





quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Guia do viajante solitário: como ser seu próprio fotógrafo

O que eu gosto mesmo nessa vida é de estar cercada por pessoas inteligentes. Só temos a ganhar com isso. Por exemplo: o tema de hoje. Uma amiga viu recentemente essa foto minha no instagram:


Então me disse "Vc podia dar essas dicas no blog, pras pessoas que viajam sozinhas." (Ziza, sua linda!)

E não é que podia mesmo? Curto demais viajar sozinha (ou muito bem acompanhada, não existe terceira opção). Um dos maiores problemas de viajar solo é na hora de variar nas fotos. Geralmente ou vc tira selfies sempre com sua cara destacada num canto, ou só fotos de paisagens, sem interagir com elas. Isso ERA um problema!

Mas a selfie tradicional continua valendo, porque autoestima é vida!

Esse ano investi num celular com uma câmera melhorzinha, porque não podia ir pra Itália e voltar com imagens mais ou menos, né? E fui descobrindo as funções dele, entre elas o temporizador! Gente, mudou minha visão das paisagens. Agora eu não fico só "na frente da paisagem", consigo interagir sem precisar abordar estranhos pedindo "can you take a picture, please"É libertador, mas exige paciência e algumas tentativas. Definitivamente, dez segundos pra mim não são dez segundos pro meu celular.

Dito isso, dá pra brincar muito com o temporizador da câmera. E a tia Bia vai ensinar.

Workshop de Selfie Disfarçada - Por Bia Coelho :D

Primeiro módulo: Precisamos de um tripé

Não to falando de um equipamento profissional, mas de qualquer coisa que sirva pra apoiar o celular. Tipo isso:

Minha mochila e a jaqueta


Pode ser qualquer coisa que dê pra apoiar o celular. Com as câmeras digitais é mais fácil, porque elas se sustentam sozinhas, mas o celular não, então na hora uma bolsa, mochila, livro, sei lá... alguma coisa vai servir de tripé pra sua selfie maravilhosa.

Segundo módulo: Nível avançado de tripé

É legal ver que aos poucos vamos modificando nosso olhar pro ambiente, tentando descobrir novos tripés. Olha esse:

Sim, uma moita


É mais difícil equilibrar o telefone aí, porque nem sempre a planta é densa o suficiente pra sustentar numa posição que dê um bom enquadramento, mas vai tentando, quando você conseguir um ângulo bom vai acontecer isso:


 Palácio Nacional e Jardins de Queluz, Lisboa

 Dá pra brincar com o foco também, sem ser selfie. Essa é uma das minhas fotos favoritas.


Terceiro módulo: Calculando o temporizador

Não parece, mas é muito importante saber o timing certo. Quando não usamos flash é mais difícil saber se já bateu a foto ou não. Eu sempre coloco em 10s, porque dá tempo de ir pro lugar com calma e não sair com cara de desespero. Mas já tentou contar o tempo mentalmente? Pra sincronizar perfeitamente com o tempo real é quase impossível. Todos sabemos que o tempo é relativo, imagina na nossa cabeça. rs

Enfim, recomendo 10s no temporizador e uma pose que possa manter por uns 13s (da sua cabeça). Conta os 10 com calma e dá uma respirada, aí as chances de sucesso são maiores. 

Isso vai acontecer algumas vezes, até acertar o tempo da câmera.

Um truque pra aproveitar o clique fora do tempo: quando estiver voltando da pose, vem com charme, sorrindo. Assim, mesmo sem o objetivo final, tem grandes chances de sair uma bela foto espontânea. Como essa em Verona, na primeira vez que testei isso. Na verdade eu tava rindo de contar 10s e dar um pulo pra jump photo. kkkkk

Quarto módulo: Enquadramento

Também uma parte importante a ser considerada, porque eu tenho TOC e gosto de simetria, harmonia. Não é porque é selfie que pode ficar de qualquer jeito, dá pra compôr uma imagem bonita.

Vamos evitar isso: horizonte torto, nem aparece um prédio, nem o outro, nem o jardim, eu escondendo a paisagem, ao invés de interagir com ela... essa foto me dá siricutico.

Mais uma vez, é só ter paciência pra ir apoiando a câmera num enquadramento bom e que dê pra apertar o botão, claro. 

E pronto! Toma aqui seu certificado de "Viajante independente que não se limita às selfies".

Bem, não sou fotógrafa profissional, então aos que são: me perdoem se falei muita besteira, mas esse é um jeito divertido que aprendi de mudar um pouco o padrão das fotos para quem viaja sozinho. 

Espero que também se divirtam nas próximas viagens e tenham novos olhares sobre as paisagens visitadas. Depois me contem como foi.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

La Bella Verona

Em primeiro lugar eu gostaria de agradecer a minha amiga Bruna por ter me dado uma das melhores dicas da Itália (Brunão, arrasou!). Quando comecei a decidir pela ida pra lá, graças às opções da Ryanair, não tinha referência nenhuma do país, então planejei a viagem basicamente assim "Hum, o preço pra ir a Roma tá bom, mas a volta tá cara... Deixa eu ver se tem outro aeroporto com a volta mais barata... Milão. Milão não tem muita coisa pra ver, o que tem interessante por perto... Veneza. Boa, vou finalmente conhecer os famosos canais e descobrir se fedem mesmo (spoiler: não fedem). Os trajetos internos faço de trem, já sei que funciona bem na Itália". Done. Foi exatamente assim que planejei minhas últimas férias, ao acaso, como eu gosto.

Verona, encantadora.

Ok, tudo isso pra dizer que eu nem sabia onde ficava Verona no mapa. Até que falei com a Bruna do meu roteiro, perguntei o que ela me indicaria de imperdível na Itália e ela prontamente me disse "Mano, vai pra Verona, é muuuito melhor que Veneza. Foi a cidade que mais gostei". Ok, incluí Verona na programação... e foi a melhor coisa que fiz. Sensacional!!! 

Eu chegaria em Veneza a tarde e teria o dia seguinte livre. Como sei que lá o legal é andar pelas ruelas entre os canais e visitar a Piazza de San Marco, reservei o dia livre todo pra Verona, porque isso dá pra fazer em uma tarde. Ainda mais no verão, quando as tardes se estendem até às 21h. 

Partindo de manhã pra Verona num calor de 40ºC (sim, 40ºC às 9h da manhã, era essa a sensação) cheguei pelas 11h com vontade de achar um ar condicionado e passar o dia comendo gelato. Óbvio que isso não era uma opção, mas tava meio ruim de percorrer a cidade a pé, como costumo fazer. Então comprei um ticket do CitySightseeing que ia sair bem na hora que cheguei na estação. Ficou um pouco caro, já que custa 20€ com validade de 24h e eu só o usaria por algumas horas naquele dia, mas eu merecia esse conforto. Sou super a favor de uma viagem econômica, mas algumas coisas eu classifico como "economia porca", e passar um dia debaixo de um sol de lascar a pé quando você pode arcar com um transporte entra nessa categoria. 

Começando o passeio toda feliz pela ideia genial de pegar o CitySightseeing. 

A parte turística de Verona é relativamente pequena e fácil de percorrer a pé, mas com pouco tempo você não vai conseguir ver tudo e nem saber da história da cidade, que é muuuuito interessante. O sightseeing tinha audioguia em português e achei o máximo ouvir sobre os monumentos e a história, mesmo sem ter tempo para visitar todos. A única desvantagem foi o mini desespero que me deu na hora de escolher onde iria descer pra visitar, por causa do tempo curto. Verona é uma cidade pra conhecer em dois dias pelo menos, com calma, parando pra apreciar. Voltarei. 

Porta Nuova 

 Vestígios romanos

 Bairro residencial. Imagina morar aí... S2

Ponte Scaligero e Castelvecchio

Enfim, devido ao mini desespero mencionado acima, tive que estabelecer prioridades. Vejamos:

Casa di Giulietta

Mais do que óbvio, né? Na terra que inspirou uma das mais dramáticas e trágicas histórias de amor de todos os tempos, a visita número 1 tinha que ser o lar que simboliza esse casal de jovens apaixonados. É fácil encontrar a casa, fica bem no centro histórico e comercial de Verona, perto das paradas 6 da Linha A e 7 da Linha B do CitySightseeing, não tem erro, é só seguir a multidão. 

 Sono arrivato!

Por ser um local romântico, muitos casais tentam eternizar seu amor nas paredes da casa, mas agora somente as paredes do corredor de acesso registram os amores, a fachada externa foi limpa e não se pode mais escrever nela. Achei ótima ideia, porque dá um aspecto mais limpo pra atração, não fica com cara de muro pichado. E assim o corredor da entrada se torna um universo infinito de casais apaixonados.

Mas, como podem ver, nem todos respeitam essa regra.

 Corredor de entrada com as juras de amor (talvez) eterno

 Camadas e camadas de nomes, corações e mensagens. Ah, o amor...

 Qual será o nome que vou escrever aí? 

Chegando ao pátio interno é possível avistar logo o balcão do romance de Shakespeare, lindinho. Mas outra coisa me chamou a atenção. Tem uma estátua da Giulietta bem abaixo do balcão que fica sempre cercada de muitas pessoas esperando a vez pra tirar uma foto com ela. Ok. Mas quando tentei entrar na muvuca pra tirar minha foto também, vi algo desconcertante. TODOS pegavam num peito da amada de Romeo pra foto. Essa parte da estátua já está até gasta de tanta bulinação. Não sabia, mas dizem que traz sorte no amor. Olha, se depender de pegar em peito de mulher pra ter sorte no amor eu morro sozinha, viu... Tudo bem se você se sente à vontade, existem vários monumentos que "chamam" pra esse tipo de brincadeira. Eu nunca me senti confortável pra isso, não gosto, acho feio, fico com vergonha, sei lá. Mas a galera tava se divertindo com o peito da pobrezinha (e não são os dois seios, é um só que dá sorte, vá entender).

 A pobrezinha da Giulietta sendo bulinada lá no fundo.


Entrada da casa

Enfim, desisti dessa confusão e fui visitar o interior da casa. Logo no hall de entrada tem uma Giulietta idêntica a que está no pátio, sem bullying. Bingo, já consegui a foto. A entrada custa 6€ para a visita dos dois andares. "Ué, Romeo e Giulietta existiram de verdade?" Em Verona sim. kkkk Além da Casa de Giulietta existe a Tomba de Giulietta, que falaremos mais adiante.

O mais legal da casa é ir ao balcão, claro. No mais, os cômodos são decorados com obras de arte sobre Romeo e Giulietta, quadros, trechos do livro, pequenas esculturas etc.

É praticamente impossível tirar uma foto do balcão sem ninguém metendo as caras lá. kkkkk

 William S2

 Eu com a Giulietta sem bullying e a Giulietta bulinada no pátio.

            
 "Oh Romeu, Romeu! Por que és Romeu?..."

 Meu momento Giulietta. Até curti, mas sou mais Pedro e Inês #teampedroeinês



Como não há limites para o amor, os casais não se contentam em escrever seus nomes e apalpar uma estátua, também há no pátio interno uma parede para os malogrados cadeados, que não tiveram um fim muito romântico em Paris. Mas aqui eles (aparentemente) não constituem um risco pra edificação, pois estão postos numa pequena parede própria para isso.


Pensa que o romance acabou? Na saída passamos por uma lojinha de souvenir que, de cara, tem uma jovem muito simpática que te cumprimenta e pergunta seu nome. Enquanto ela conversa com você vai bordando lindamente num papel e no final de meio minuto de conversa ela te entrega isso:

 Uma fofura que agora está na porta do meu quarto :)

Esse bordado é só uma demonstração do que elas podem fazer na hora em toalhas, aventais, lençóis, lenços, capas etc. Muitas ideias pra romantizar sua vida. A Casa di Giulietta é, sem dúvida, o atrativo mais famoso de Verona, mas não se deixe ficar só por aqui, tem mais...

Piazza Erbe

Depois de visitar o lar dos Capuleti segui para a Piazza Erbe, no final da rua, para aguardar a Linha B para continuar o passeio. Essa praça é um charme, tem muito comércio, restaurantes e uma obra de arte diferente, que só percebi pela explicação do audioguia quando passei de volta no sightseeing.

 Tá vendo essa fachada aí da esquerda, toda pintada?

Casa Mazzanti, um dos prédios mais antigos de Verona, com parede de afrescos de Alberto Cavalli, feitos no SÉCULO XVI! Apenas.

Atualmente é um hotel 3 estrelas, que deve proporcionar uma estadia estilo viagem no tempo. Olha só

Piazza Duomo

Fui de sightseeing até a parada 6 da Linha B para ver o Duomo di Verona. Confesso que não me empolgou muito e vi tudo rapidinho. Estava pertinho do centro, dava pra ir a outras atrações a pé. Só. Que. Não. Lembram do calor? Não se esqueçam do calor! Olhei a catedral e umas duas ruelas por perto e sentei calminha pra esperar o ônibus me levar 3 quadras adiante. E sabe uma coisa legal? Não levem a mal o que vou dizer, é só uma observação curiosa: Na maioria dos lugares da Europa o chão das ruas é limpo o suficiente pra sentar nele sem se sujar. Explico. Principalmente nas zonas históricas das cidades, feitas de pedra, parece que não tem poeira na rua, sabe? Pode sentar nas escadarias, calçadas e tal que é de boa, limpinho (por limpinho leia-se não sair com a roupa toda suja de terra, não quer dizer que podemos comer do chão... quer dizer, não se deve... ahahahah. Deixa pra lá). Deu pra entender, né? É como se as ruas tivessem sido recentemente limpas o tempo todo. Isso pra mim é muito legal! E realmente tem sempre várias pessoas sentadas em várias ruas. Desfrutando um merecido descanso de horas de caminhada. Turistar cansa!

Duomo

               

               
 A felicidade de quem achou um bom lugar pra sentar NA SOMBRA.

Santuário Madonna di Lourdes / Vista Panorâmica de Verona

Essa parada foi escolhida porque eu amo uma vista panorâmica! A maior vantagem do sightseeing foi justamente ir a esse santuário, que fica mais afastado e se eu estivesse a pé não saberia de sua existência. É a parada 5 da Linha B. O legal desse bilhete é que serve pras duas linhas de ônibus e algumas paradas são comuns, boas pra fazer a troca e circular a cidade inteira.

Voltando. O ônibus costuma parar lá por 5min só pra descer e tirar fotos, mas não para num ponto de visão muito bom e com esse tempo não dá pra ir onde realmente tem a melhor vista. Como nesse ponto não tem aparentemente muita coisa interessante, as pessoas só tiram as fotos e seguem. Os intervalos entre os carros é de 30min, então eu fiquei pra andar um pouco por lá e esperei o próximo. Sábia decisão. Olhem só:


 Ai gente, quando eu descobri que meu celular fazia foto panorâmica fiquei igual criança com brinquedo novo! Em Roma fiz vááárias, vocês vão ver. :D


Lindo, né? Essa cidade é muuuito charmosa, tem um clima bom, sabe? Porque tem lugares que são lindos, mas tem um clima esquisito. Não digo clima meteorológico, mas clima de ambiente, de energia boa. 


Não entrei no santuário, nem sei se estava aberto. Eu queria mesmo era andar ali em volta. Por ser meio afastado, é muito sossegado e arborizado, uma delícia pra amenizar o calorão...

...e brincar de selfie com o tempo livre. To me achando muito profissional com esse celular novo cheio de funções. :D

Próxima parada:

Tomba di Giulietta

Pois é, uma pessoa que nem existiu tem um museu com sua tumba, pra gente refletir sobre quem é importante nesse mundo. kkkk

Brincadeiras à parte, fiquei muito curiosa de ver o que seria a Tumba de Giulietta e fui lá conferir, claro.


 Os dois morreram, mas que ganha homenagem é a mulher. 
#whoruntheworld #girls

E eis que na entrada da Tomba de Giulietta tem uma estátua em homenagem a uma história de amor chinesa. Na legenda diz que Liang-Zhu são Romeu e Julieta da China. Achei fofo. 


Entrada e jardim do museu. Não fiz a visita porque achei muito caro (não lembro exatamente quanto, mas tava caro pra ver uma tumba de uma pessoa de mentirinha).

A verdade é que esse é um museu de afrescos, onde outrora foi um convento e que tem uma tumba centenária que atribuem ao romance de Shakespeare. Sei lá, não me interessou muito. 

Arena e Piazza Brà

Estava chegando a hora de partir pra Milão, então infelizmente não pude visitar a Arena. O anfiteatro romano do séc.X, que já foi palco de espetáculos teatrais e de gladiadores, hoje sedia grandes concertos de ópera, devido à sua excelente acústica. Embora seja um ótimo local para realização de concertos e shows em geral, a Arena é dedicada exclusivamente aos grandes festivais clássicos de ópera, mantendo assim sua suntuosidade. Não é qualquer um que chega lá e canta na Arena, tem que ser gente importante, como a Giulietta. :D


A Arena fica na Piazza Bra, uma praça lindíssima, daquelas que dá vontade de andar devagar, sentar num banquinho comendo um gelato e ver o movimento, sem pressa. Mas eu estava com pressa... 

 Piazza Bra

Faltou ver tanta coisa em Verona, o Castelvecchio, o Teatro Romano, a Arena, alguns jardins que vi só de passagem... Verona é muito charmosa! Um dia com certeza não chega pra ver tudo, reserve logo dois quando for pra lá. E me chama pra ir junto. ;)

   Ciao, Verona! Ti voglio bene!