quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

A escadaria mágica da Lello

Eu nunca assisti/li Harry Potter, mas conheço a história por trás da obra. É quase impossível morar no Porto e não saber algumas coisas sobre esse bruxinho que fascinou toda uma geração e que até hoje impacta diretamente no turismo aqui da Invicta. 


Sim, hoje vamos falar da Livraria Lello, cujas escadas ondulantes revelaram magia aos olhos de J. K. Rowling e serviram de inspiração para criar as escadas mágicas que levam Harry e os amigos a passear por algum lugar em Hogwarts (meus conhecimentos sobre isso terminam aqui). Mas a verdadeira magia da Lello é que ela não é encantadora só pros fãs de Harry Potter, ela aparece em praticamente todos os rankings das livrarias mais bonitas do mundo. Portanto, é mágica também para nós, amantes de livros. 



E é por isso que a Lello merece todo o sucesso que vem fazendo ao longo de seus quase 113 anos, a completar no próximo dia 13 de janeiro. Mais sobre a fundação e a história da livraria você pode ler aquiAlém da história, a Lello proporciona experiências marcantes aos seus visitantes (a tal magia que falei acima). Vou contar a minha, pode? Então tá. :)

Devido a popularidade da saga Harry Potter o número de visitantes aumentou vertiginosamente, levando os proprietários a cobrar pela entrada na livraria desde 2015, valor que é revertido em desconto na compra de qualquer livro. Na altura (2016) pagamos 3€ pela entrada, atualmente custa 5€. Essa cobrança ainda gera muita discórdia, considerando que é "apenas" uma livraria, onde todos tem direito de entrar para olhar/comprar livros. Já foi assim, mas é complicado controlar a circulação de mais de 1 milhão de pessoas por ano que não querem necessariamente comprar alguma coisa, não é? O espaço é pequeno e a gestão se tornou insustentável sem esse controle. Enfim, efeitos menos positivos do turismo que acontece em vários lugares do mundo. Adiante.



Hoje em dia os vouchers para entrar são vendidos numa loja ao lado da livraria, onde também comercializam outros produtos interessantes, desde cadernos com capa de couro e livrinhos de receitas portuguesas a bonequinhos de personagens de Star Wars. 

A primeira vez que a visitei foi por influência de uma amiga, quando passamos um dia no Porto. Eu não sabia nada sobre os bruxinhos, mas sempre gostei de livrarias, então curti demais da visita. Fomos no início de agosto, auge do verão e da temporada turística na Europa, ou seja, milhares de pessoas se apinhando nos corredores estreitos da livraria procurando um espacinho para tirar foto das escadas e dos detalhes.

Imagina que delícia era simplesmente sentar e ler na Lello antes da multidão a descobrir.

A Lello eternizou algumas das mais importantes figuras literárias dos séculos XIX e XX, como o meu querido Eça de Queiroz, que tem seu busto por trás da escadaria (o outro busto é de Miguel de Cervantes, grande escritor espanhol), além de outros escritores portugueses como Guerra Junqueiro, Camilo Castelo Branco, Antero de Quental e outros que, junto com os irmãos Lello, são considerados os guardiões da Lello e tem suas imagens em baixo relevo no interior da livraria. 

Fico imaginando como era visitar a Lello antes, como era poder passear com calma e silêncio por entre as estantes de madeira trabalhadas, subir e descer as escadarias vermelhas sem esbarrar em dezenas de turistas. Com certeza tinha outra magia, outro encanto, talvez só para os amantes de livros.




segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Fazendo Trilha: Rota do Marancinho

Pois bem, aí está uma coisa que gostaria de fazer mais vezes e sempre procrastino: trilhas. Eu amo fazer trilhas, caminhadas e afins, mas por alguma razão subconsciente raramente concretizo essa vontade. Não foi o que aconteceu semana passada, quando acordei cedo, respirei fundo e decidi que não ia passar aquele dia de folga estirada na cama assistindo séries - não que isso seja ruim, mas precisamos variar a programação das folgas, né? 

Aproveitando que também era folga de uma super amiga, daquelas que topa qualquer parada (fomos juntas pra Edinburgh e desde então queremos desbravar cada vez mais esse mundão de meu Deus :D #friendship), decidimos não dar Ibope pra Netflix por um dia (ou algumas horas... rs) e fomos desfrutar de natureza e ar livre pelos campos.

Como a pessoa aqui agora está motorizada (yeah!) pegamos a estrada! Mas não podia ser pra muito longe, porque ter carro não é sinal de ter dinheiro, temos que escolher destinos acessíveis. rsrs

E foi assim, com a ajuda de um livro de trilhas que comprei há 2 anos, que pegamos o caminho da Rota do Marancinho. Cumpria nossos requisitos: não era muito longe; era uma trilha circular, fácil pra voltar pro carro; o ponto de partida de fácil acesso via GPS; dificuldade baixa, mas com uma distância razoável pra valer a pena (6km segundo o guia e 8km segundo o informativo local).

 O livro de trilhas portuguesas que vamos zerar em quanto tempo mesmo, Soraia? Até o final do ano? De que ano? ahaha

Ok, destino escolhido, vamos lá! Chegar no ponto de partida foi tranquilo, a trilha começa no Mosteiro de Gondar, em Amarante, que faz parte também da Rota do Românico.

Aí começou uma série de eventos que pelo menos renderam boas risadas no fim do dia. Não tem propriamente parque de estacionamento em frente a esse mosteiro, fica numa estrada nacional sem calçada, no meio de um lugarejo (Gondar, claro). Conseguimos parar o possante numa espécie de calçada que seria a entrada de uma casa. Ainda bem que o carro é pequeno, se for com um carro maior talvez tenha alguma dificuldade de encontrar lugar pra parar. Primeiro obstáculo vencido, siga!

O livro tem só um porém, não traz os mapas das trilhas, ou seja, temos que pesquisar na net ou pedir a informação no lugar. Como são trilhas "registradas" imaginei que fossem bem sinalizadas e intuitivas. Nananinanão. Até tem um mapa no mosteiro indicando o percurso que tentamos ler, mas tava meio embaçado e não entendi porquê, achei que era da qualidade do vidro. Eis que Soraia, brilhante como sempre, me pega um lenço de papel e um bocado de água e começa a limpar o painel. Era somente poeira a mais. Lembrei que tinha álcool em gel também e fizemos uma mini faxina pra aceder à informação.

 Antes da limpeza...

 ...Depois da limpeza. Limpamos só a parte que nos interessava, porque não somos obrigadas, obviamente. 

Mapa legível, foto tirada, siga!

Mesmo com o mapa o percurso não parecia assim tão intuitivo, porque começa na beira da estrada nacional, então resolvemos perguntar para uns velhinhos na casa ao lado do mosteiro. A senhorinha prontamente nos apontou uma rua de pedra que subia um pouco pela estrada. Seguimos e vimos uma placa indicando a trilha. Boa! Só que a rua tem uns 50m e volta pro asfalto. hahahaha

Tudo bem que na explicação do painel diz que percorre uns 800m de asfalto e depois segue pela estrada de terra, por entre carvalhos, giestas e caminhos romanos, beirando a ribeira do Marancinho. Lindo, poético, lá fomos nós com muita disposição, um lanche bom, pouca água e o sol amigo das 13h. 

Expectativa: a cara de quem acha que vai andar por estradas romanas de pedras. Realidade: sai do asfalto, sobe esse pedacinho e volta pro asfalto. Um atalho só pra dar mais emoção. 

Dica 1: leve mais água do que você acha que vai precisar! Eu vacilei feio nessa, não costumo andar desprevenida com água, mas dessa vez errei.

Dica 2: Não comece uma trilha às 12h30 no verão. Não faça isso. O dia estava meio nublado, temperatura amena para o padrão, mas isso significa uns 30ºC quando o padrão é 40ºC. Só nos atentamos para isso quando começamos a subir e sentir o calor. Nota mental: planejar melhor os horários da próxima vez. Ok, siga!

The adventurers!

A partir daí foi uma sucessão de caminhos errados. Até fomos bem pelo trecho do asfalto, encontramos a tal estrada de terra, mas depois nos perdemos algures pelas encruzilhadas. Em quase todo percurso não tem sinalização, pelo menos não nas entradas, onde 3 ou 4 estradinhas parecem levar a lugar nenhum. Começamos a descer e paramos para perguntar novamente quando percebemos que não víamos mais a sinalização. 

Outros velhinhos num Café nos disseram que tínhamos que voltar a subir o pedaço todo que fizemos pra baixo. E eu confirmei essa informação umas 3 vezes, porque eu queria que me dissessem que a rota era pra baixo, bem melhor que subir né?

- Mas por aqui também não vai dar lá? 
- Não, é tudo pra cima, tudo pra cima!
- E se for por aqui não é também da rota?
- Não, não. É tudo pra cima! Sobe tudo e segue pela estrada a frente, depois vira na de terra e sobe sempre tudo. 
- Ok, obrigada...

Saímos do Café desoladas e ainda perdidas, porque ninguém entendeu direito a explicação. hahahah

A única coisa que a gente sabia era que precisava subir. Então em todo cruzamento pegávamos o caminho pra cima. Deu certo até encontrarmos a tal estrada antiga romana. Aliás, a parte mais clara da trilha era o caminho romano. Não tem como errar, as estradas irregulares de pedra não tem desvio, não tem atalho, é só seguir as pedras. Foi a parte mais legal e mais bonita também. Aí sim estávamos no meio de uma trilha na natureza! E comendo amoras até ficar roxas! hahahha Quantas amoras! Comemos todas que quisemos e trouxemos de brinde uns arranhões das silvas. Faz parte. 

 Soraia catando todas as amoras do caminho! #vaigordinha 

E eu super orientada no caminho romano. A melhor parte da trilha! #vaifitness

Dica 3: Não se meta no meio do mato de shorts como se fosse caminhar na praia. A natureza pode te deixar marcas. Leve umas calças adequadas ao terreno e ao clima.

Depois do trecho romano voltamos pra estrada mais nova, e aí tudo desandou. Nenhuma sinalização na maioria dos cruzamentos, tentamos ser intuitivas e usar o GPS até desistir e seguir para a civilização e pegar um táxi de volta. Sim, porque nessa altura do campeonato já não era mais legal ter deixado o carro no início da trilha porque não íamos terminar lá e precisávamos voltar de outro jeito. 

Quando desistimos oficialmente de concluir o percurso foi bem mais fácil, caminhamos por uma vila até encontrar um táxi e voltar pro carro. Sim, a aventura do dia foi concluída no conforto de um táxi. Porque a gente pode.

 Etapa final da trilha :D

Dica 4: Faça pausas regulares para sentar, comer e se hidratar. Isso eu já sabia, mas quis dar uma de super-mulher e caminhar 4h direto em subida debaixo de sol. A gente tentou seguir direto o máximo que conseguimos e não foi legal. Pés doloridos, cansaço demais, mau humor, vontade de ir embora logo, no fim do percurso não desfrutamos muito por erro nosso. Erro bobo, que as duas sabiam (a primeira trilha que fiz foi com um guia profissional em turismo de aventura, meu amigo Marcelo Sá, que vai me matar quando vir essas besteiras todas) e Soraia é escoteira! #shameonus :D

De volta ao mosteiro! Cheias de energia pra começar tudo de novo. #sqn

Na nossa opinião talvez a sinalização da trilha tenha sido prejudicada por incêndios recentes, não por descaso. Não é um percurso muito conhecido então imaginamos que seja difícil ter a manutenção impecável o tempo todo. Nós também não somos profissionais em trekking, então dependíamos muito da sinalização em cada esquina. Mesmo assim foi um dia bem divertido, com muitas risadas, um mini ataque de pânico ao ver uma cobra (mas sobrevivi, e a cobra também) e muito aprendizado. To pronta pra próxima! Vamos?

Essa foi a recompensa do dia ;D



quarta-feira, 20 de junho de 2018

Leitura de bordo: Eu sou Malala (e uma dose de amor)

Preciso compartilhar algo incrível que aconteceu comigo esses dias. Vocês sabem que sou muito fã de ter sempre um livro ou uma revista para ler, né? Uma boa leitura é excelente companhia em qualquer momento. 

E eis que minha cia até uns quatro dias atrás era Malala Yousafzai, uma jovem ativista pelo direito à educação das meninas. Sim, a causa dela é tão simples como deixar as meninas frequentarem a escola tanto quanto os meninos. E por isso ela sofreu um atentado, foi alvejada à queima roupa por um talibã e sobreviveu para nos contar sua história incrível e emocionante. Malala também é a pessoa mais jovem do mundo a ganhar um prémio Nobel, o da Paz. Despertou sua curiosidade? Então faça um favor a você mesmo e leia esse livro:

Imagem ilustrativa, o livro pode estar com outra capa em outras editoras, obviamente. 

Pois bem, dizia eu que estava terminando de ler meu livro enquanto voltava para casa de metro. Várias vezes durante a leitura eu me emocionei, de chorar mesmo. Existe tanto ódio e tanto amor no mundo que nos faz chorar de raiva e emoção, dá vontade de abraçar, de confortar, de enfrentar, de fazer qualquer coisa, mas deixar de agir não é uma opção. 

Nesse dia, lendo as últimas palavras de agradecimento de Malala eu pensei em como é possível uma menina passar pelo que ela passou e continuar firme, com uma maturidade e uma simplicidade de envergonhar muitos adultos. Enfim, leia o livro!

Enquanto me emocionava e enchia os olhos de lágrimas não percebi que um senhor me observava. Quando fechei o livro ele disse: Emocionada, né? Eu conheço a história dela, é linda mesmo.

Então concordei e disse que não tinha como não se emocionar. Perguntei se ele já tinha lido o livro, me disse que não. Imediatamente ofereci meu livro a ele. Não tinha outra reação possível. Sou adepta de circular livros, de passar adiante. Dificilmente você vai reler, então passa pra frente, desapega! Compartilha essa experiência! O senhor (depois descobri que se chama Celso) ficou mais surpreso que eu, aceitou, mas pediu uma dedicatória (olha eu distribuindo autógrafos, gente! :D). Daí outra coisa legal aconteceu, eu não encontrava uma caneta, então uma menina do lado emprestou a dela. Fiz uma dedicatória muito simples e entreguei o livro. O Celso é brasileiro, está há pouco tempo em Portugal, apaixonado por leitura também e disse que esse era seu primeiro livro aqui. 

Fiquei tão, mas tão feliz por viver essa experiência que contei pra duas amigas muito próximas. Uma delas me lembrou (obrigada, Luíza) de registrar essa história para não esquecer e poder compartilhar, claro. A outra se inspirou para fazer o mesmo e começou a desapegar de seus livros. Apresento a vocês a Corrente da Ju, que basicamente consiste em distribuir seus livros para pessoas. Pode ser um amigo, parente, uma criança ou adolescente que não pode comprar, ela vai escolher seu alvo e atirar um livro! Metaforicamente, por favor, não é pra machucar. kkkk

Se inspire também! E pra ficar mais lindo ainda, faça uma dedicatória ao entregar o livro. Olha que presente incrível pra qualquer data! 

Obrigada.

De nada.

P.S.: A Ju fez um email pra essa Corrente: correntedaju@gmail.com. Se quiser trocar figurinha, contar sua experiência com livros, participar da corrente, conversar com ela, entra em contato. ;)


segunda-feira, 19 de março de 2018

Turismo gastronômico em Uhu Nova Iguaçu! Top 5 #vaigordinha

Aham!! É isso mesmo que você leu, minha terrinha natal pode não ter atrativos culturais ou naturais de grande relevância turística, mas tem umas comidas que você só encontra lá e eu sempre aproveito pra revisitar esses lugares. Então traga sua fome e vem comigo!

1- Coxinha com catupiry da Pimpininha

Na verdade podia ser tudo da Pimpininha, uma lanchonete iguaçuana onde qualquer coisa que você pedir vai ser maravilhosa. QUALQUER COISA! Mas quero focar no que me interessa mais por lá: a coxinha com catupiry. Foi uma das minhas primeiras refeições nessas últimas férias (sim, almocei coxinha um dia). Enquanto a Ju, minha amiga, olhava espantada pro meu almoço, eu tava feliz da vida comendo minha coxinha. Eu não tenho tenho isso todo dia aqui, então aproveito quando posso, né não?

Fui procurar uma imagem pra ilustrar essa delícia e achei uma matéria sobre as melhores coxinhas do Rio. Pra ver como não to exagerando. Aqui ó: https://diariodorio.com/as-9-melhores-coxinhas-do-rio/

2- Pipoca da Casa da Pipoca

Essa eu comi logo no primeiro dia. Desde a época da escola que a Casa da Pipoca é parada obrigatória sempre que tínhamos dinheiro para tal. kkkk
É uma barraquinha pequena num beco meio sujo do calçadão da cidade, geralmente com 4 pessoas trabalhando e SEMPRE com uma fila grande, não importa a hora do dia. Acho que tem gente que almoça essa pipoca também. É a mais tradicional de Nova Iguaçu, desde 1965, todo mundo por lá conhece e nunca ouvi ninguém falar mal. Unanimidade pelo sabor, pelo preço e pela generosidade nas doses. A opção mais popular é a pipoca mista pra viagem: meio pipoca salgada, meio pipoca doce, muuuuito leite condensado por cima, põe num saquinho plástico pra levar e dá-lhe mais pipoca no saquinho! É quase uma dose extra a mais. Sério, gente, não tem pipoca de rua melhor que essa no mundo. Não tem. 

Não sei porque, mas mais uma vez não tenho foto... Eu não costumo andar com o celular por lá, acho que é isso. Enfim, procurando imagens achei outra matéria valorizando e reforçando o que eu disse aqui. Se não acreditam em mim, acreditem no jornalismo: https://diariodorio.com/as-9-melhores-coxinhas-do-rio/

3- Podrão do Marcos

Na verdade é o Marcos Lanches, mas eu não consigo chamar assim, pra mim é mais gostoso se for o podrão do Marcos mesmo. Coisa de relação afetiva. Esse é o melhor do melhor do mundo no quesito hamburguer e cachorro-quente de rua. Que mané hamburgueria gourmet, vai comer um hamburguer completo do Marcos pra você ver o que é bom mesmo. Tem várias opções de lanches, do simples ao hamburguer de picanha, tudo perfeito. Esse também é um dos negócios de rua do centro da cidade mais conhecidos e tradicionais, que também sempre tem fila. Há uns anos que o Marcos expandiu o negócio e abriu uma pizzaria, que eu nunca fui, e dessa última vez vi mais duas barraquinhas: de batata frita e açaí. Não tive tempo de experimentar, mas tenho certeza que segue o padrão Marcos de qualidade. Virou praticamente um complexo gastronômico, tá de parabéns. Assim como a Casa da Pipoca é um negócio familiar que deu muito certo e emprega algumas pessoas. Quando é feito com amor e seriedade não tem como falhar né?


A galera tá investindo pesado em marketing digital por lá hein... O Marcos tem página no fb com fotos de salivar. Quando copiei a resolução não ficou boa, então é melhor conferir no original: https://www.facebook.com/marcoslanchesni/?rf=265221183594485

4- Pastel de feira com caldo de cana

Pra começar eu não gosto de caldo de cana, nunca gostei. Até provar nessa barraca da Rua da Feira. Fácil de achar, é a única barraca de pastel que fica lotada todo sábado de manhã nessa rua. Geralmente encontro algum amigo por lá quando vou. Melhor café da manhã pra começar o fim de semana. Eu só tomo caldo de cana lá, continuo não gostando nos outros lugares. Pastel não, pastel eu como onde tiver, sem preconceito. rs

Achei foto legal não, vou pedir a alguém que faça o sacrifício de ir lá comer um pastel de queijo e tomar um caldo de cana pra tirar uma foto e mandar pra mim, por obséquio. 

5- Chaplin Pastelaria Gourmet

E por falar em pastel... aqui é o paraíso. Pode fechar os olhos, apontar aleatoriamente pro cardápio e pedir. Aliás, essa estratégia te poupa um bom tempo de indecisão. Tem que pedir o combo de 9 pasteizinhos, um morango ao leite e sair de lá passando mal do estilo "nunca mais eu como". E voltar alguns dias depois pra fazer tudo igual. Fato verídico. 

Eu juro que um dia vou conseguir terminar o morango ao leite. Juro! (entendedores entenderão) :D


Mais uma que você pode babar pelo fb: https://www.facebook.com/pg/ChaplinPastelaria/photos/?ref=page_internal

Bônus: eu tenho amizades privilegiadas, então segue uma listinha de contatos pra quem quer se deliciar ainda mais com gostosuras em Nova Iguaçu. Porque se mineiro não tem praia e vai pro bar, iguaçuano não tem praia e vai comer. 

Priscila Alves: Já falei dela aqui. Chef que recomendo pras suas festas e eventos em Nova Iguaçu e arredores. Ela ajudou a montar o tal cardápio que causa grande dificuldade de escolha do Chaplin, mencionado acima. Companheira de tour gastronómico, tá me devendo uma farofa até hoje. :D

Mariele Pimentel: Cara, pense nuns bolos de comer pela tela do computador! EU vi essa pessoa criança e agora tá aí me fazendo sofrer de longe. Pena que não entrega no Porto... #ficadica 

Rosane Monteiro: Minha amiga amada e talentosa. Ela é a personificação do conceito mãos de fada. Sabe Midas, que tudo que tocava virava ouro? Ela faz isso com a comida (oi, bolo de banana). No natal tive o privilégio de comer uns biscoitos de rabanada. Ela chama de outra coisa, mas é biscoito de rabanada. ;)

Marijô Bueno: Olha, se a Mari não adoçar sua vida, ninguém mais vai. Tem muito a ver com doces, bolos e tal... mas a pessoa que vos fala já almoçou na casa dela. Até a comida salgada dela adoça sua vida, de tanto amor que tem.

Só não marco a pipoca e o brigadeiro da Natália e a farofa da Lola porque elas não comercializam. #irmãstalentosas

E, no caso, também não posso marcar a mamys, né? Essa gastronomia é só pra um grupo muito seleto de pessoas especiais. Desculpem. 

Se está aí pelo Rio, faz um favor pra você mesmo? Prova essa listinha. Aí no dia seguinte se brinde com um belo café da manhã. Com glúten.


 O breakfast que me deixou mais orgulhosa nos últimos tempos. Porque eu preparo meus próprios tours. #vaigordinhaaaaaaaa

Obrigada. De nada. 



domingo, 11 de fevereiro de 2018

Três dias em Lisboa - Parte III: Castelo e Parque

Minhanossasinhora! Achei que nunca mais ia terminar esses três dias em Lisboa. Mas é aquilo, né? Isso diz muito mais de mim do que da cidade. #psicologiamodeon #procrastinaçãoforever

- Castelo de São Jorge

Enfim, vamos lá. Temos mais um dia na capital, o que fazer? Sair do centro outra vez. No 2º dia fomos pra Sintra, hoje não vamos sair pra tão longe, vai ser ali por perto mesmo, mas só a tarde. Pela manhã ainda precisamos fazer uma visita importante: o Castelo de São Jorge.




Eu até demorei muito pra conhecer o castelo, era daquelas coisas que nunca lembrava de fazer quando estava por Lisboa, até que incluí como item obrigatório na viagem de 2016. Eu vinha de férias pra Portugal (again) e dessa vez explorei mais do que Coimbra. Fui rever amigos que não estão mais na cidade dos estudantes porque, como eu, também terminaram o curso e foram trabalhar em outro lugar. Enfim, tudo isso pra dizer que nos dias que passei em Lisboa, além de encontros maravilhosos (sereias do meu coração, o que foi aquele bailarico? Precisamos repetir esse ano!). Eu devia parar de fazer referências internas aqui, mas não quero. kkkkk Afinal, antes de mais nada esse é um espaço pra registro de experiências. Entendam, e quem quiser se inteirar do assunto é só perguntar. ;)



Portanto, lá fomos nós, eu e outra minhota de Guimarães, turistar pela capital. Primeira decisão do dia: nada de carro. Como se sabe bem, centro histórico é pra explorar a pé ou de transportes públicos. Então eu e Mary barriguda (gravidíssima! Esses dias foram intensos pra Joaninha) fomos conhecer o famoso Castelo. Tem uma subidinha chata, mas nada que impressione quem passou pelo menos 5 anos em Coimbra. 


E como todo castelo que se preze, tem uma bela vista.

Não há muitas novidades ao falar de castelos em geral, são fortificações quase sempre construídas em lugares altos estratégicos para proteger determinado lugar. O Castelo de São Jorge não foge à regra, foi construído no séc XI numa colina para ser uma fortificação militar. Durante um cerco tinha condições de abrigar toda a população da vila. Como no Castelo dos Mouros em Sintra, também tem uma Porta da Traição, usada em caso de invasão ou para receber mensageiros secretos. Tem alguns pátios e praças, 11 torres e um sítio arqueológico que está sempre sendo ampliado por novas descobertas.


Eu e meu cabelo dyvo explorando o castelo. :)

Em termos turísticos tem uma parte de exposição permanente contando a história de Portugal e mais particularmente de Lisboa, vistas incríveis da cidade e uma austeridade e poder que só emanam locais que já foram palcos de guerras, sabe? É uma visita que vale a pena e que não deve ser feita com pressa, pois o mais legal é parar nas torres, sentar no café ou num dos banquinhos espalhados e ir descobrindo as experiências que foram vivenciadas ali ao longo de tantos séculos. Por isso achei justo reservar uma manhã inteira pra isso, dá pra gastar facilmente umas 2h ali e ninguém quer acordar muito cedo nas férias, né? Sobrando tempo tem outras igrejas e monumentos para explorar pelos arredores, afinal você está no centro do centro histórico de Lisboa. Enjoy it. Além disso o castelo tem sempre programações boas de curta temporada. Por exemplo, na época que fui tinha uns fins de tarde de fado, mas já não conseguimos ingresso, tentamos uns 2 ou 3 dias antes e já não tinha. Então é bom ficar de olho, principalmente se você for no verão, porque certamente vai ter um evento legal acontecendo por lá.


Espero que você vá com alguém que consiga fazer belíssimos registros como esse. Ou então usa as técnicas do viajante solitário que falei aqui e aqui.

Eu particularmente tive essa fotógrafa deusa barriguda que caprichou muuuuito nos flashes. Só não posto mais pra não despertar inveja nazinimiga. :D

Como chegar: A forma mais fácil é pegar um metro até uma das estações do centro: Restauradores, Baixa-Chiado, Rossio ou Terreiro do Paço. A mais próxima talvez seja o Rossio, mas todas oferecem muitas lindezas pelo caminho, então vá sem pressa mesmo. Para informações sobre horários e ingressos veja aqui

- Parque das Nações

Depois do Castelo é hora de parar pra almoçar, porque ninguém aqui vive de luz, e seguimos para fora desse ambiente todo de história medieval, clássica, Eça de Queirós, prédios antigos etc. É hora de ver modernidade, de caçar pokémon (porque da última vez que fui vi gente fazendo isso), de postar stories no insta pra sumir daqui a pouco (nunca vou entender o propósito), enfim, é hora de se impressionar com o novo. Então segue pro Parque das Nações. Como o nome sugere sutilmente, é um parque, logo, grande. Esse especificamente tem mais de 5km de área e é uma freguesia de Lisboa. O que eu acho mais interessante pra conhecer aí é o Oceanário, que tem o segundo maior aquário da Europa, perde apenas pro aquário de ValênciaO Parque é resultado de um projeto urbanístico e foi criado para a Expo '98. No site oficial você encontra mais informações sobre o projeto e a Expo, é bem legal. Mas aqui vamos focar nos passeios. 


Um joinha pro Mascote do Oceanário que esqueci o nome.

Se o Castelo eu visitei com uma amiga querida, a última vez que fui no Parque levei uma família inteira querida!

Nós e... as plantas tropicais. :D

Tínhamos muito pouco tempo para conhecer muita coisa, e como o hotel onde eles ficaram era perto dali, achei uma boa opção pra começar, já que depois eles teriam tours para explorar o centro de Lisboa. E se você tiver pouco tempo também eu sugiro ir direto para o Oceanário, não vai decepcionar.

O Oceanário, além de mostrar um pouco da diversidade enoooorme que existe na vida marinha e nos diferentes habitats aquáticos ao redor do mundo, também conscientiza a respeito da importância de preservar essa vida, o que nunca é demais, já que sabemos que muitos animais comem plásticos e óleo nos mares todos os dias.


Tem que imprimir e colar na geladeira, pra lembrar disso sempre.

A gente andou tudo por lá, várias salas, vários ambientes, mas tudo mais ou menos gira em torno do aquário central gigante, que dá pra ver numa volta completa, parando para apreciar algum detalhe sempre que quiser.

Encantada com o fundo do mar.

Como chegar: A estação principal de metro é a Lisboa-Oriente, que liga com a estação de comboios de mesmo nome (cuja construção segue a mesma vibe modernista), mas é possível chegar também pelas estações de metro Moscavide e Cabo Ruivo. Tudo depende de por onde você pretende começar seu passeio. Indo por Lisboa-Oriente aproveite para dar uma passada no shopping mais prestigiado do mundo:

Eles estão dando joinha, você é que viu errado. #vasco

Ufa! Missão cumprida! Qual será o próximo destino pra 3 dias? Pensando aqui em algo que eu não demore meses pra escrever. rs