sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Krka National Park - Croácia

Ah... o verão!! O clima por aqui tá tipo abraçando o Sol. Difícil de lidar. E é nessas horas que eu tento me imaginar num lugar lindo, fresco, cheio de água e feliz. Do que lembrei? Krka!! Não, não tá faltando letra, é assim mesmo. Na Croácia as pessoas usam vogais quando querem e pronto. Aliás, essa é uma das coisas fascinantes naquele país. Selecionei outras curiosidades aqui


Voltando pra Krka. Que lugar, minha gente! Que lugar! Eu já sabia que a Croácia era um país lindo e por isso queria muito conhecer, mas meus planos eram para Dubrovnik e Plitvice, no máximo. Mas eu e Bruna, minha parceira de viagem (oi, Brunão), descobrimos já com as passagens compradas, que não teríamos tempo para visitar nem um nem outro sem perder metade da viagem só nos trajetos. Como ficaríamos hospedadas na casa de amigas em Split, perguntamos a elas se teria algo para visitar por perto... assim... um parque qualquer, pra não passar em branco... a gente podia até fingir que era tão bom quanto Plitvice... Então elas disseram "Aqui perto tem o Parque Nacional de Krka, é legal também." Ok, fomos ver no google. CARACAAA!! O ânimo voltou na hora (Bruna, confessa que você também não tava dando nada por Krka, vai... rsrs). Cachoeiras lindas! Mata linda! Lagos lindos! E o melhor: pode entrar na água. Coisa que não é permitida em Plitvice. Vamos pra lá!

O Parque leva o nome do rio Krka, que permeia quase toda a área, com cascatas de tirar o fôlego e formando lagos difíceis de acreditar que são reais.




De Split tem um ônibus direto para Skradin, de onde saem os barcos para o parque. Skradin é um vilarejo charmosinho, com casinhas fofas e um lago lindo cheio de cisnes. Enquanto aguardávamos para sair de barco ficamos apreciando um pouco a paisagem e já aumentando as expectativas para o que viria a seguir. 

Skradin

 O Lago dos Cisnes existe e fica na Croácia! rs


Compramos as passagens na véspera e as entradas para Krka lá em Skradin mesmo, num posto de informações turísticas. Tudo bem fácil. E os preços são bons também. Pagamos cerca de 25 de passagem (ida e volta) e 10 no ingresso. Isso foi em maio/2015, ainda não era alta temporada (julho/agosto). Talvez no verão mesmo precise se programar com alguma antecedência.

Deixando Skradin a caminho de Krka...

 O trajeto de barco é belíssimo

E nada pode frustrar suas expectativas em Krka! Logo na chegada fomos recebidos com uma névoa de florzinhas de primavera que deu um ar de contos de fadas incrível. 

Não aparece nas fotos, mas parecia que estava nevando pólen. E nem deu alergia, era pólen encantado. ;)

Com pouco tempo de caminhada uma das atrações mais deslumbrantes do parque se apresenta pra você: Krka Falls.



Aí você para, respira, abre bem os olhos e agradece a Deus por estar lá. Não tem como descrever o barulho das águas, as gotas batendo no rosto, os tons de azul e verde... 


O parque é imenso e acho que não vimos nem a metade em um dia. Tem alguns passeios de barco lá por dentro, mas nenhum era compatível com o horário da volta pra Split, infelizmente. Mesmo assim não saímos tristes, pelo contrário! Cada curva revelava uma surpresa linda. 





O dia estava bem quente, e sabíamos que era permitido entrar na água, mas chegando lá vimos uma placa proibindo o banho. Whaaat?? Fomos checar a informação e nos disseram que o banho não estava liberado nessa época por conta da água muito fria. Só no verão mesmo. Ok, sabemos que água de cachoeira é beeem fria, mas achamos um exagero essa proibição. 

Foi bom porque conseguimos explorar mais o parque e descobrir essas maravilhas aí de cima, coisa que talvez não acontecesse se ficássemos só no banho de cachoeira, né?




Andamos bastante de manhã, paramos pra almoçar num restaurante de lá mesmo e depois deitamos na grama pra descansar um pouco. Foi aí que vimos umas pessoas com cara de quem saiu da água. Mas pera, não tava proibido? Fomos logo verificar isso. Banho liberadooooo!!! A tarde autorizaram a entrada na cachoeira (ainda com a placa lá), porque a água já não estaria "perigosa" de tão fria. Vai nessa... É agora que vem aquela parte que ninguém vê por trás do glamour das fotos.



 Ignora o frio, o fundo de pedras que machuca o pé, e sorri. kkkk

Foi o máximo, claro. Mas entramos pra bater as fotos, curtir rapidamente e sair. Água friaaaaaa!!!! Eu nem ligo muito pra isso, já estou acostumada com as praias frias do Rio, que me dão câimbra. Mas Krka se superou! Ninguém ficava muito tempo na água, era só um mergulho e sol pra se aquecer. Outra coisa chata: o fundo é todo de pedra irregular, que machuca os pés. Era engraçado ver as pessoas pisando com medo de cair e se ralar. 

Isso diminuiu a alegria? De forma alguma!! A gente tava machucando o pé e ficando roxa de frio na Croácia! Puro glamour. hahahahah



Brincadeiras a parte, o passeio é lindíssimo, surpreendente e vale muuuuito a pena. Motivos pra eu voltar: fazer os outros passeios no parque e dar outro mergulho nas águas geladas de Krka Falls. Quem me acompanha?




segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Leitura de Bordo: Contos de Fadas

Quem aqui gosta de ganhar presente? Eeeeu!! E quem gosta de ganhar livros? Eeeeeeeu!!! Por isso estou duplamente feliz. Por ganhar presente e ser um que eu amo. rs

E sabe o que livros tem a ver com viagens? Tudo. Ler é viajar. Não tem distração melhor pra um tempo ocioso de trajeto, espera de transporte etc, do que um bom livro. Estou ansiosa para começar a ler este assim que acabar o que estou lendo no momento.

Foto: Reprodução

E porque recomendo esse livro como leitura de bordo? Gente, Contos de Fadas! Que delícia relembrar histórias da infância, personagens fofos e vilões assustadores que, provavelmente, despertaram suas primeiras sensações de raiva, amor, alegria, dúvida, compaixão... Já folheei o livro e vi que tem imagens lindas, bem lúdicas e com carinha de contos de fadas mesmo. 

Sim, estou recomendando um livro sem ler, mas acredito que é bom de verdade. Meu faro literário não costuma falhar. Boa leitura pra nós. ;)

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Sarkis - Parada obrigatória em Buenos Aires

Vamos falar de comida? Siiim! Hoje acordei lembrando de um restaurante sensacional que conheci ano passado na capital portenha. Descobri o Sarkis pesquisando sobre coisas boas de BsAs e olha, foi a melhor dica! Anota aí: Thames 1101 - Villa Crespo, Buenos Aires. 

Me acompanha.

Um ano atrás... Já tá na hora de voltar. 

Eu não fui a Buenos Aires a passeio, mas numa excursão-laboratório do curso de Guia de Turismo, então tivemos pouquíssimo tempo livre. Numa dessas noites consegui convencer alguns amigos de que o Sarkis seria uma boa pedida pra jantar. Fomos em cinco ou seis pessoas, mas uma espera com previsão de 1h30 a 2h desanimou parte do grupo. Eu e dois amigos persistentes (obrigada, Marcelo e Paula) aguardamos num restaurante próximo comendo empanadas (moderadamente, claro. #vaigordinha). 

Nem preciso dizer que valeu cada minuto de fome adiada, né? Sarkis é um restaurante armênio. Sim, lamento desapontar quem estava esperando eu falar de chorizo. Não é comida típica argentina, é comida com influência árabe. E deliciosa!!!

Olha a felicidade de quem sabe que vai comer bem! 

Seguindo as dicas que tinha visto em alguns blogs, pedimos kibe cru de entrada, super recomendado e aprovadíssimo! 

Pessoas famintas comem pra depois tirar a foto. Nem a cebolinha sobrou no final... rs

Como prato principal, ainda seguindo as dicas de desconhecidos, apostamos no arroz piaf e kafta de cordeiro com molho de salsinha e iogurte. Gente! Sério, não dá pra descrever. Bom mesmo, de dar saudade. Alguém aí já sentiu saudade de comida? Eu morro de saudade do waffle de Bruxelas sempre. E às vezes de outras delícias, como esse kafta.


E até a sobremesa foi recomendada! Uma super taça de sorvete com chocolate e nozes. Mas depois das empanadas, kibes e kaftas, ficamos tímidos e escolhemos algo mais modesto, um bolo (se não me engano, de laranja) com mel feito na casa. Sim, mel do Sarkis. Melhor decisão da noite!!! Eu queria mais três! 


Olhando assim você nem dá nada por ele né?

Devorando o bolo quase sem acreditar no que estávamos comendo. rs

Até nos animamos, esquecemos da barriga cheia e resolvemos experimentar mais alguma coisa, porque só tava melhorando... Adoro amigos com espírito de gordo. kkkk Foi aí que descobrimos a remolacha. Essa foi uma dica do nosso amigo garçom, uma simpatia! Outro ponto bom do Sarkis é o atendimento, desde o cara da fila de espera, mega paciente lidando com dezenas de pessoas ansiosas e com fome. E a fome tira o humor, né? Mas voltando, ninguém sabia o que era remolacha e o garçom também não conseguiu explicar. Disse que era um legume roxo, que parecia batata... Chutamos todos os tipos de batata que conhecíamos e ninguém se entendia. Acho que era a barriga cheia afetando o raciocínio. Então mandamos vir, a curiosidade matou três gatos dessa vez.

Uma espécie de purê de beterraba! Esse foi só ok, mas acho que o fato de quase não conseguirmos comer mais nada influenciou na avaliação. Então experimentem mesmo assim, deve ser ótimo. rsrs

Pra acompanhar tudo isso a Paula recomendou um vinho excelente: Alamos. Eu sou um pouco preconceituosa, só gosto de vinho português. Então ela me pediu pra descrever mais ou menos como é o sabor do vinho que gosto e garantiu que eu ia aprovar esse argentino. Ponto pra ela! Aprovadíssimo.



Quer mais vantagem? O preço! Não lembro quanto pagamos, mas foi tudo bem barato. Comida de qualidade por bom preço. Não tenho mais argumentos. 

Segundo a Paula e o Marcelo, eles aceitaram o convite porque fui bastante convincente e contagiante ao falar da comida de lá. Isso porque só tinha relatos de estranhos e fotos alheias como referência. Imagina agora que quero comer o resto do cardápio todo?!? Pensando seriamente em enviar meu currículo pra vaga de promoter. :) 

terça-feira, 10 de novembro de 2015

XXII Canto da Sereia - Festival de Tunas

Você estará em Coimbra no próximo sábado? Tomara que sim! Eu gostaria muito de estar lá para participar do XXII Canto da Sereia - Festival de Tunas Femininas organizado pelas Mondeguinas. Desde a sua fundação, as Mondeguinas organizam um festival anual de tunas que conta com a participação de grupos do país inteiro, trazendo boa música e uma oportunidade única de viver um pouco mais a tradição acadêmica em Portugal. 

Cartaz Oficial do XXII Canto da Sereia

As tunas, como já falei aqui, são grupos formados por estudantes universitários que cantam música tradicional portuguesa e composições originais. São conhecidas por todo o país, femininas, masculinas ou mistas. Quando cheguei a Coimbra em 2006 tive a honra de conhecer e poder ingressar nas Mondeguinas, uma das melhores coisas que aconteceram na minha vida! Desde então participei de TUDO que podia com as mongas. Atuações, jantares, festivais, semanas acadêmicas, viagens... Sempre um convívio lindo, carinhoso e feliz com meninas super talentosas que me ensinaram muito sobre a cultura e a vida na UC. O problema é que agora passo a vida aqui num sofrimento só de saudade... C'est la vie...

 Meu primeiro Canto, 2007. Nas escadarias da Sé Velha, aguardando as tunas para fazerem belas serenatas para nós (uma das tarefas do peddy tascas).

Tuna Feminina de Medicina da Universidade de Coimbra se preparando para a serenata - 2007

Chega de choramingar e vamos falar mais sobre o Canto! Originalmente nosso festival acontecia no mês de maio, em plena semana da Queima das Fitas (loucas, desde sempre. rs). Acontece que isso é bem complicado de gerir, porque a tuna organizadora fica responsável por toda a recepção das tunas convidadas, incluindo alimentação e hospedagem (quando é o caso). Para isso são escalados guias, que irão conduzir, tirar dúvidas e orientar as nossas visitantes. Ou algumas de nós, ou tunos amigos de Coimbra que ajudam a guiar os grupos. Isso tudo além de organizar o local, som, júri, peddy tascas (competição com pequenas tarefas pela cidade, que mostra um pouco de Coimbra e nos permite conhecer um pouco mais as outras tunas). Enfim, um sem-número de coisas que se tornam mais difíceis ainda com a programação da Queima, da qual participamos ativamente, trajadas ou "a paisana" todos os dias, sem morrer. Só pode dormir quando acabar. kkkkk

Por essas e outras a data do Canto foi alterada, acontecendo agora em novembro, fora de época de exames e semanas acadêmicas, para não cansar nossa beleza.

Em 2008, novamente no posto da Sé Velha para o peddy tascas. Porque eu morava ali. Minha casa é aquele prédio de esquina ali atrás. Comodismo, apenas.

 Tuna se preparando para a serenata.

 Outra tuna participante. Não lembro quem são, sorry. As meninas de Medicina reconheci pelo estandarte. E são de casa, né?

O legal é que não é restrito a nós, várias pessoas param para assistir também. Afinal, o Sambódromo, a Cidade do Rock, o Palco Mundo das serenatas é a Sé Velha de Coimbra. Quando tem alguma movimentação por ali o pessoal já fica de olho. rsrs

Então, amiguinhos, apareçam no próximo sábado no auditório do IPDJ às 21h para desfrutar de uma culturalidade musical linda e divertida. Além das tunas a concurso terão grupos convidados para abrilhantar ainda mais a noite.

Ano passado o Canto foi transmitido ao vivo pelo canal da TV AAC pelo youtube. Tomara que esse ano também consigamos a transmissão ao vivo. Junte-se aos bons, assistindo e comentando em tempo real os melhores momentos. Mondeguinas, sereias, fanfarrôes (tunos da Fanfarra Acadêmica de Coimbra), admiradores, todos encurtamos a distância e estávamos lá na platéia, mesmo que virtualmente. E, confesso, foi a primeira vez que assisti um Canto inteiro. Lá sempre estamos envolvidas com alguma tarefa e perdemos algumas apresentações. Agora posso dizer que já assisti nosso festival!

Eu no XXI Canto da Sereia - 2014 :)

P.S.: Não sei onde estão as fotos dos outros Cantos... Preciso mesmo organizar isso. 

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Fazendo Escala na Imaginação

Eu estava sem ideias pra escrever por aqui, mas li uma matéria agora mesmo que me inspirou. 

Rich McCor, fotógrafo, uma vez passou pelo Big Ben e enxergou outra coisa diferente da torre com um relógio no topo. Ele viu um relógio de pulso, então recortou um pedaço de papel pra "materializar" esse relógio. 

Achei o presente de natal perfeito (beijo, Mô). ;)  

Daí ele começou a diferenciar seu olhar para várias coisas. Olha só o que aconteceu:

 London Eye

 A foto mais perfeita de todas! 

Copenhagen

A matéria saiu no site Nômades Digitais, que sempre tem reportagens e depoimentos interessantes de pessoas picadas pelo bichinho viajante. Sou capaz de me perder horas por lá.

Mas voltando ao assunto, e se começarmos a ver as coisas com outro olhar? E se mudarmos nossa perspectiva? Não só para monumentos turísticos, mas pra vida! Sabe a velha história batida do copo meio cheio? Pois é... Às vezes acho que esquecemos de mudar o ângulo de análise de uma situação e isso é muito ruim. Perspectivas diferentes só acrescentam cenários e conhecimentos sobre algo. Mudar as lentes com que vemos o mundo, e principalmente as pessoas, com certeza vai abrir sua mente para uma realidade que sempre esteve na sua frente e você nunca enxergou. 

Vou exercitar mais isso. Observar mais e, quem sabe, tentar escrever algo no céu com a ponta de uma torre ou a folha mais alta de uma árvore (cof, cof, poetizei agora... rsrs). 

O que importa é: mude seu olhar! Muitas imagens inusitadas podem começar a trazer outras cores pro seu dia (ai gente, to poeta demais, vou parar...). 

Fotos: Todas do Nômades Digitais, da reportagem no link acima.



terça-feira, 20 de outubro de 2015

Latada 2015 - Coimbra (e eu aqui, vendo de longe... snif)

Sabe aquela sensação de "eu queria estar lá"? Terminou este domingo a Festa das Latas e Imposição de Insígnias em Coimbra. Daqui acabo não acompanhando sempre o calendário da Latada porque não é fixo como o da Queima. Mas meus amigos queridos que estão por lá sempre me lembram que tá na hora da festa! :D

Cartaz oficial da Latada 2015

Mas de onde vem essa festa das latas? 

A Latada é parte da tradição acadêmica em Coimbra. Todos os anos tem dois grandes eventos na Universidade: a Queima das Fitas e a Latada. A primeira é a festa dos finalistas e a última é a festa dos calouros, que ocorre sempre no início do ano letivo, que começa em setembro, e é o momento de recepção dos novos estudantes na cidade.

 Um calouro de Letras perdido - Latada 2009

Desde o séc. XIX os calouros que chegam na Academia são celebrados com essa festa e desfilam num cortejo a pé pela cidade com latas vazias amarradas nos tornozelos, pra chegar chegando e com muito barulho (hoje em dia muitos não usam mais as latas, ou usam amarradas na cintura). Eles são vestidos com fantasias montadas pelos doutores (veteranos em "brasileiro". Na hierarquia da UC veterano é outra coisa), que podem ser só uma brincadeira ou trazer algum simbolismo de protesto político/acadêmico. Também levam cada um um penico da cor de seu curso, para serem batizados nas águas do rio Mondego no fim do cortejo. A UC tem uma história de engajamento político e de defesa da Academia muito forte, e isso, felizmente, se reflete nas festas acadêmicas.

Os calouros se vestem sempre com cores alusivas à faculdade que pertencem. Existem oito faculdades na UC: Direito (vermelha), Medicina (amarela), Psicologia e Ciências da Educação (laranja), Letras (azul escuro), Ciências e Tecnologia (azul claro), Ciências do Desporto e Educação Física (marrom), Farmácia (roxa) e Economia (branca e vermelha). Algumas delas tem vários cursos, para englobar várias especializações. 

 Calouros de Direito sendo praxados (levando trote) durante o cortejo - Latada 2009

 Cortejo - Latada 2009

Calouros da Faculdade de Medicina - Latada 2009

Quando os estudantes querem dar um abraço no Papa João Paulo II - Latada 2009

Esse cortejo é o ponto alto da Latada, a apresentação dos calouros. Diferentemente da Queima, no cortejo da Latada não há distribuição de bebidas e comidas gratuitamente, então os estudantes costumam levar seu próprio farnel em carrinhos de supermercados pelas ruas, trazendo uma movimentação bem interessante. De uns anos pra cá começou-se uma campanha linda de recolhimento dos carrinhos, que antes eram atirados ao rio Mondego no final do dia. Palmas para essa iniciativa.

Calouros e doutores com seu carrinho no cortejo - Latada 2009

Normalmente o doutor que apadrinha o calouro o leva até às margens do rio, pega um pouco de água e joga na cabeça do afilhado. Mas muitos se atiram no rio e eu já ia pro cortejo preparada pra dar um mergulho todo ano, geralmente nem trajava nesse dia. Era a parte mais legal, apesar do friooooo que se seguia, porque já era noite. 


Todo mundo rindo pra não chorar dessa água gelaaaada. hahaha

 Roupa leve e tênis pra não machucar o pé. Agora é só subir correndo pra casa que o frio passa. 

E o que tem de bom na Latada?

A abertura é sempre com a Serenata, realizada pelo Grupo de Fados da Universidade de Coimbra.  No dia seguinte começam as noites no parque. Atualmente são cinco dias de festa no Parque da Canção, um local em Coimbra reservado para esses grandes eventos acadêmicos e outros, claro. Também faz parte da festa o Sarau Acadêmico, onde as tunas e os grupos estudantis se apresentam. Tunas são grupos de música formados pelos estudantes da UC, podem ser masculinas, femininas ou mistas; de várias faculdades ou de uma faculdade só; cantam músicas do folclore português e músicas originais;Eu queria muuuuito estar lá para subir a palco com as Mondeguinas (falo sobre elas daqui a pouco). 

Serenata na Sé Nova - Latada 2015. Fonte: http://www.diariocoimbra.pt/noticias/mais-de-60-mil-pessoas-esperadas-em-cinco-noites-de-festa-na-praca-da-cancao

As noites no parque são divertidíssimas, com shows, tendas de música, várias barracas de lanches (muito além da Tachadinha e do Psicológico da minha época, aliás), e, lógico, as tunas, os tais grupos estudantis que se apresentam também no sarau. 


 Do lado de fora das tendas de música - Latada 2010

 Dentro da tenda - Latada 2010

Palco principal - Latada 2010



Palco principal - Latada 2015. Palco ampliado e foto do registro oficial do evento, porque eu não tinha esse ângulo de visão quando estava por lá. rs  Fonte: https://www.facebook.com/AACfotografia/photos/a.1181941498487341.1073742034.235429216471912/1181958078485683/?type=3&theater

As tunas deveriam ser o destaque do cartaz toda noite, mas perdem um pouco de espaço para os grandes artistas que atraem mais público (sim, é um evento estudantil, mas comercial). Eu participei das Mondeguinas - Tuna Feminina da Universidade de Coimbra. Só de falar bateu aquela saudadezinha que espeta o coração... Como era divertido cantar com elas! Vou guardar essas lembranças para outro momento, senão perco o foco aqui. rs

Toda noite algum grupo da UC se apresenta no palco principal, mantendo a tradição de ser um evento de e para estudantes, embora todos sejam bem vindos, obviamente. Mas a festa das latas não se resume ao parque. Outros eventos relacionados também acontecem, como ações desportivas, culturais, concursos etc. Geralmente concorrendo a ingressos para o parque. 

A Festa das Latas sempre tem um "tema", só festivo ou protestando por alguma causa. Em tempos de crise política/econômica que afeta fortemente o sistema educacional no país, esse foi o desse ano. Fonte: https://www.facebook.com/noticiasdecoimbra

É uma comemoração alegre, descontraída e que só não pára a cidade mais do que a Queima das Fitas (tema de outro post). Coimbra respira sua vida acadêmica intensamente. A cidade vive dos estudantes, que mantém sempre presentes as mais belas tradições da mais antiga universidade do país,  num fervilhar cultural incrível e fascinante, que não me canso nunca de lembrar e compartilhar.

Em tempo: Esse ano o cortejo, marcado pra domingo passado (18/10), foi adiado com data indefinida, devido ao mau tempo. Então, se você está em Coimbra, ainda tem festa vindo por aí... ;)