quarta-feira, 24 de junho de 2015

De Aeminium a Coimbra

Nossa próxima escala é novamente na minha eterna casa, Coimbra. Vamos viajar um pouco por sua história?


   

A localidade de Aeminium – nomenclatura romana referente a sua topografia (no topo do morro), posteriormente chamada de Conimbriga, Colimbria e, atualmente, Coimbra, é banhada pelo rio Mondego, único rio inteiramente português. Tinha uma importância estratégica por sua localização central, facilitando a ligação de Bracara Augusta (Braga) a Olisipo (Lisboa). Além disso, o rio Mondego, que nasce na Serra da Estrela e corta horizontalmente o país também tem grande importância, ligando o interior ao litoral.


Rio Mondego fora da zona urbana de Coimbra

Da ocupação muçulmana de 714 são datadas algumas construções importantes, como o palácio do governador da cidade, na zona fortificada, que futuramente viria a ser o paço real, residência dos primeiros reis de Portugal e atualmente pertencente à Universidade de Coimbra, adaptado para se tornar o Paço das Escolas



Coimbra torna-se a sede do reino de Portugal no reinado de D. Afonso Henriques, que se instalou na cidade atraído por sua posição estratégica e grandes fortificações, já mencionadas. Ainda em seu reinado foi fundado o Mosteiro de Santa Cruz, em 1131, onde o rei está sepultado até hoje. Além do mosteiro, o rei investiu muito da cidade, que viveu uma época áurea no séc. XII, com restauração e construção de pontes, ruas, calçadas, a Sé Velha, entre outras obras que melhoraram a infraestrutura e reforçaram o poder local.


Mosteiro de Santa Cruz e Café de Santa Cruz

 Sé Velha de Coimbra

Escadaria principal e interior da Sé Velha de Coimbra

Em 1290 é fundada a Universidade de Coimbra pelo rei D. Dinis, a primeira de Portugal e uma das mais antigas do mundo, eleita Patrimônio Mundial pela UNESCO em 2013 (e salta Coimbra! E salta Coimbra! Olé, olé!). Uma estátua em sua homenagem encontra-se hoje em destaque no pátio em frente à Faculdade de Matemática. No mesmo local prédios das Faculdades de Medicina, Química, Letras, Farmácia, além de outras dependências acadêmicas compõem seu patrimônio arquitetônico.


Fonte: http://sergiocoimbrao.fotosblogue.com


Faculdade de Letras


Faculdade de Medicina

Comemorando 725 anos, hoje em dia a Universidade possui diversos outros campi espalhados pela cidade, com novas faculdades, cursos, especializações e eventos durante todo o ano. Com mais de quatro mil estudantes, a vida acadêmica dita a dinâmica da cidade, repleta de lendas e histórias marcantes que serão assuntos de outros posts só pra esse aqui não virar um livro. rs

Coimbra respira sua história todos os dias. Os monumentos, placas, prédios antigos e costumes locais mantêm viva uma tradição ligada à Academia que poucas universidades tem o privilégio de vivenciar atualmente. Digo e repito sempre, tenho um orgulho que não cabe em mim de fazer parte dessa história. Espero conseguir expressar isso em palavras, tentando traduzir o encantamento que senti desde a primeira vez que pisei nessa terra abençoada mais de 20 anos atrás. 

Coimbra é nossa e há de ser
Coimbra é nossa até morrer.

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